Debêntures é uma dívida emitida por uma empresa, ou seja, um título privado. No papel, é um investimento que funciona com a mesma ideia do título público.
Você empresta seu dinheiro a alguém, e esse alguém te devolve depois de um tempo “x” com uma recompensa.
Mas são diferentes. Enquanto governos dificilmente quebram e dão calote, porque via de regra podem imprimir mais dinheiro, empresas todos os dias entram em recuperação judicial ou pedem falência.
Só no acumulado de 2023 foram 222 falências e 319 pedidos de recuperação judicial, de acordo com a Serasa. Já diz o meme: é raro, mas acontece muito.
Por isso debêntures costumam ter rentabilidade maior do que títulos públicos, para compensar o risco que o investidor corre ao emprestar dinheiro para uma empresa.
Dá para dizer que, quanto maior o spread entre título público e a debênture, maior o risco de não ver a cor do dinheiro novamente.
É do jogo – e cada vez mais gente está nele. No fim de 2022, 368 mil pessoas tinham alguma debênture em suas carteiras, segundo a B3. Foi um crescimento de 22% em relação a 2021.
Debêntures se tornaram a principal forma de financiamento das empresas. Em 2021, segundo o Cemep, as empresas buscaram R$ 477 bilhões em dinheiro novo. R$ 196 bilhões (40%) vieram de debêntures.