O que foi a Mania das Tulipas?

Dinheiro

Rolou na Holanda, entre 1634 e 1637. No auge dessa mania especulativa, dava para negociar um único bulbo de tulipa pelo preço de uma casa.

As tulipas caíram no gosto dos endinheirados da Europa logo que foram trazidas da Turquia, no início do século 17. E a Holanda virou o centro produtor dessas flores.

Aí um vírus entrou na jogada. Ele danificava o pigmento de algumas tulipas, que nasciam com riscos brancos entremeando o pigmento.

Possuir uma tulipa com listras leitosas virou garantia de status – tanto que essas flores ganharam um nome pomposo: Semper Augustus. E os preços foram subindo. 

Em 1634, uma casa pequena em Amsterdã custava mil florins; uma Semper, 2 mil. E a mania nem tinha começado.

O mercado pegou fogo mesmo quando criaram um novo ativo financeiro: os “títulos de Semper Augustus”.

Você pagava 1,5 mil florins adiantados para um florista no inverno, e ele dava em troca um contrato. Quando a flor nascesse, ele que pagava o que a flor tivesse rendido.

De cara, passaram a comercializar os próprios contratos. Se você tivesse pagado 1,5 mil e aparecesse alguém oferecendo 1,8 mil, talvez valesse a pena vender.

Quem comprava por 1,8 mil encontrava gente a fim de levar por 2,5 mil, na esperança de que o valor de mercado da Semper subisse de patamar lá na frente.

Resultado: entre 1634 e 1636, o preço desses títulos subiu 300%, para 6 mil florins. E a mania contaminou as variedades mais pedestres da flor.

Muita gente fez fortuna. Mas a festa só continuaria se os preços subissem para sempre. Gente a fim de pagar caro por algo não muito útil, porém, é um recurso finito.

Os próprios floristas não encontravam mais clientes dispostos a dar uma mansão em troca de uma tulipa. E quem tinha comprado títulos para ver se lucrava 300% trumbicou-se.

Em 1637 esse mercado já tinha colapsado. Flores voltaram a ter preço de flores, e os títulos viraram lixo.

vocesa.com.br

Veja essa e outras matérias em