O que é uma OPA, a "gêmea má" do IPO

MERCADO FINANCEIRO

É o evil twin do IPO, o Initial Public Offering. Pronuncia-se “ái-pi-ôu” porque essa sigla é em inglês. OPA não. É uma sigla em português, para Oferta Pública de Aquisição, e pronuncia-se “ôpa” mesmo.

IPO é quando uma empresa decide vender partes de si mesma na bolsa para levantar dinheiro, OPA é o inverso: o momento em que a companhia diz tchau e bênção para o mercado.

Um caso célebre no Brasil foi o da Prumo Logística. Ela nasceu como LLX, uma das companhias saídas da cartola de Eike Batista e responsável pela operação do Porto do Açu, no litoral fluminense.

A LLX estreou na bolsa em 2008. Em abril de 2011, chegou a um valor de mercado de R$ 5,8 bilhões. Quando o castelo de cartas de Eike começou a cair, dois anos depois, as ações desabaram 75%.

A EIG Global Energy assumiu o controle acionário em 2013 e rebatizou a empresa como Prumo Logística. Em 30 de março de 2017, depois de as ações terem fechado o dia anterior a R$ 8,86, lançou uma OPA.

Nem sempre é o acionista controlador que lança uma OPA. Qualquer um pode tentar, com qualquer empresa.

Foi o que Elon Musk fez com o Twitter, ao oferecer US$ 54,20 por papel em abril de 2022 – 20% acima do valor de mercado da época, para garantir que os donos de ações do Twitter topassem.

Em casos assim, usa-se o termo “aquisição hostil”. Mas nem sempre. Em Portugal, chamam operações como a de Elon de “OPA hostil”. Faz todo o sentido.

vocesa.com.br

Veja essa e outras matérias em