O que é “grau de investimento”?

MERCADO FINANCEIRO

Todo investimento tem riscos. Inclusive na renda pública, como títulos públicos, emitidos por países, e títulos privados, que as empresas lançam para se financiar.

Para avaliar a confiabilidade dos emissores de dívidas, então, formou-se um conjunto de empresas no mercado financeiro: as “agências de classificação de risco”. S&P, Fitch e Moody’s são as maiores.

Elas dão “notas” para avaliar o risco de calote. Essas notas vêm na forma de letras, e de combinações entre elas.

A S&P e a Fitch usam o mesmo sistema: da melhor para a pior, as avaliações possíveis ali são AAA, AA, A, BBB, BB, B, CCC, CC, C e, por fim, D – vem de “default”  (“calote”) em inglês. 

Também entram sinais de “+” e de “-” para refinar a escala: cada nota pode vir acompanhada de um sinal positivo ou negativo (tipo BB+, BB-....). 

“Grau de investimento” significa qualquer nota de BBB- para cima. Elas dizem, por óbvio, que o país ou a empresa tal estão entre os agentes mais dignos de confiança. 

De BB+ para baixo, temos o oposto. Nesse caso, a agência de classificação considera os títulos “especulativos”.

Por exemplo: se um país passar por um surto de inflação, ele pode até imprimir dinheiro para pagar suas dívidas. Mas a moeda terá desvalorizado. Vale como calote. 

Os títulos públicos do Brasil chafurdam na lama dos especulativos desde a recessão de 2015-2016. Na década anterior, o país tinha alcançado o grau de investimento, entrando para a casa BBB. 

Mas depois dessa crise, perdeu o badge. No momento, estamos assim: BB- pela S&P, BB pela Fitch e o equivalente pela Moody’s, Ba2. 

vocesa.com.br

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