Significa Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization – ganhos antes de juros pagos para credores, de impostos, e de dois fatores que vamos examinar mais adiante.
E ele serve para dar uma ideia teoricamente mais nítida sobre a saúde operacional da empresa do que o lucro puro e simples.
Tipo: se a operação da companhia faz dinheiro, mas gasta boa parte dele com juros de dívidas, ela vai apresentar um lucro mirrado no balanço.
Já o Ebitda, que também sai no balanço, mostra o seguinte: no futuro, se a empresa estiver devendo menos, ela provavelmente terá lucros mais robustos para apresentar.
A parte dos impostos segue a mesma lógica. Uma companhia brasileira pode apresentar um lucro menor do que outra do mesmo setor em um país com carga tributária mais leve – e só pelos impostos.
O Ebitda, nesse caso, mostraria que a brasileira é tão eficiente quanto sua par gringa.
Já o “depreciação” é um critério mais abstrato. Ele não envolve saída de dinheiro, mas a desvalorização dos bens da companhia.
Esses bens podem ser máquinas. Quanto mais velha uma máquina fica, mais próxima está a data em que ela terá de ser substituída – e esse evento causará um impacto no caixa.
Empresas de capital aberto são obrigadas a estimar em cada balanço o quanto seus bens perderam de valor no último trimestre. Em suma: se ela tiver máquinas mais novas, terá um lucro maior.
Mas isso o Ebitda não mostra, já que leva em conta só o lucro operacional, sem essa dedução contábil.
A amortização, por fim, é irmã gêmea da depreciação. A diferença é que ela não envolve bens como maquinário, mas aqueles intangíveis.
O exemplo mais nítido são patentes. Uma patente que leva 30 anos para expirar é algo mais valioso para uma companhia do que uma que vai perder a validade no ano que vem – e cair em domínio público.