O que é buy the dip?

MERCADO FINANCEIRO

É comprar na baixa: adquirir uma ação depois do preço dela ter mergulhado (dip) nas profundezas. 

 Um caso notório: em maio de 2008, os papéis da Petrobras chegaram à sua maior cotação na história: R$ 50,51.

 Tudo graças a descoberta de cada vez mais petróleo no pré-sal e o valor do barril num nível jamais visto, nem antes nem depois: US$ 146 (US$ 196 em valores de hoje). 

A crise de 2008, porém, jogou o barril para abaixo dos US$ 40. Mais tarde, a Petrobras seria saqueada por um esquema de corrupção.

Resultado: em fevereiro de 2016, a ação (PETR4) tinha caído a R$ 4,23: tombo de 92% em relação ao pico. 

Mesmo assim, o negócio central da Petrobras ia bem. A produção de óleo cru, por exemplo, crescia rapidamente.

Muita gente, então, partiu para comprar na baixa. Quem adquiriu a R$ 4,23 e segurou até maio de 2022 teve um lucro de 755% – o papel chegou a R$ 36,20. Um buy the dip bem sucedido. 

Mas nem sempre é assim, claro. As ações da IRB Resseguros, por exemplo, caíram de R$ 41,42 para R$ 6,65 no início de 2020. Um senhor mergulho de -83%. 

Mas quem comprou a R$ 6,65 ainda espera pela volta de Dom Sebastião. Em maio de 2022 o papel estava a R$ 2,82 – perda adicional de 57%. 

O fato é: nunca se sabe até onde uma baixa pode ir. Ou se o mergulho pode simplesmente acabar num afogamento.

vocesa.com.br

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