É um cartel formado por 23 grandes produtores de petróleo, não necessariamente os maiores.
No top 10 do ranking de quem mais extrai o líquido viscoso estão EUA (1º colocado), Canadá (4º), China (5º) e Brasil (8º) – nenhum faz parte da Opep+.
Mesmo assim, o cartel controla metade da produção global, o que lhe confere um enorme poder na hora de determinar os preços da commodity.
Ele começou com o nascimento da Organização do Países Exportadores de Petróleo (Opep), em 1960. Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela são os sócios-fundadores.
O objetivo era alinhar esforços para bater de frente com as “Sete Irmãs”, o cartel de petrolíferas multinacionais que controlava o mercado na época.
Após fusões e aquisições, hoje elas são quatro: BP, Chevron, Shell e ExxonMobil.
Mais tarde, Líbia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Nigéria, Gabão, Angola, Guiné Equatorial e Congo se juntariam à Opep.
No fim de 2017, outros 10 grandes exportadores de petróleo alinharam-se ao bloco para aumentar seu poder de barganha, mas sem se tornarem membros oficiais.
São eles: Rússia, México, Azerbaijão, Bahrein, Brunei, Cazaquistão, Malásia, Omã, Sudão e Sudão do Sul. E a versão estendida da aliança ganhou o nome de Opep+.
O grupo controla quase 50% da produção mundial de petróleo, e se reúne periodicamente para discutir se aumenta, diminui ou mantém seus níveis de produção.
Isso determina o preço da commodity no mercado – quanto mais eles fecham as torneiras, mais o preço tende a subir, e vice-versa.
O objetivo do grupo é o mesmo de qualquer outro cartel: manter os preços de seu produto o mais alto possível.
Exagerar na dose, porém, é um tiro no pé. Apertos do cartel fizeram com que EUA e Brasil investissem mais na exploração, e se convertessem em megaexportadores.