Sim. A mais relevante é o franco CFA, que serve de moeda única em 14 países da África e foi estabelecida em 1945.
Na época, “CFA” significava Colonies Françaises d’Afrique. Após as independências das nações envolvidas, na segunda metade do século 20, mantiveram a sigla CFA.
A emissão do franco CFA nas duas regiões fica a cargo de dois bancos centrais multipaís, o BC da África Ocidental e o BC da África Central.
Mas a herança colonial do sistema é forte, já que ambos funcionam sob pesada influência do banco central da França.
O BC francês é a instituição que garante maior característica dessa moeda: sua paridade com o euro. Em suma, os dois BCs regionais da África não podem emitir a quantidade de dinheiro que quiserem.
Precisam garantir que o estoque de moeda em circulação mantenha-se baixo o bastante para que o valor do franco CFA em relação ao euro não mude.
Por um lado, isso garante estabilidade nos preços. Por outro, isso trava a economia deles. Bancos centrais precisam ter o poder de emitir mais moeda para impulsionar a atividade econômica
Justamente por isso, várias nações que hoje usam o franco CFA pretendem criar uma nova moeda multinacional, desatrelada do euro. Caso dê certo, o nome dela será eco.
Em tempo: a outra moeda multinacional “tipo euro”, com um banco central que opera visando a vários países, é o dólar do Caribe Oriental, a moeda única de oito países caribenhos.