Falar em “memória” no singular é, na verdade, uma simplificação. Não existe apenas uma única habilidade humana que podemos chamar assim.
Em linhas gerais, são duas áreas do órgão que protagonizam essa jornada: o lobo frontal e o lobo temporal.
O lobo frontal é o responsável por coletar as informações que, futuramente, serão gravadas no cérebro.
O lobo temporal é o lugar onde as informações coletadas pelo lobo frontal se tornam memórias. Esse processo se chama codificação: os dados são “traduzidos” pelo cérebro em forma de sinapses.
Alguns fatores influenciam na escolha do que será codificado ou não. Uma delas é a atenção: quanto mais você foca em uma informação, mais seu cérebro entende que precisa guardá-la.
Já as coisas que você apenas observa en passant, como a roupa que um colega de trabalho vestia na semana passada, vão passar batido.
Outro fator é a emoção: fatos que evocam sentimentos fortes, sejam positivos ou negativos, tendem a ser codificados pelo cérebro
Depois da codificação, vem a fase do armazenamento. É quando esses dados são de fato cristalizados em seu cérebro. Isso acontece o tempo todo, mas principalmente durante o sono.
A última fase é a recuperação, ou seja, buscar a informação armazenada de volta à superfície da consciência.