finanças pessoais
Depende. Em boa parte dos casos, não, não vale, porque a taxa que a corretora cobra tende a ser maior do que o rendimento da aplicação.
Essa opção está disponível na Easynvest e na Guide, e só vale para quem tem grana lá em renda fixa – títulos públicos, fundos de risco baixíssimo, CDBs.
Na prática, é um empréstimo a juros baixos no qual a garantia é o dinheiro que você tem aplicado com os caras.
Se o seu dinheiro está num fundo ou nos títulos mais simples do Tesouro Direto, não vale a pena. É melhor sacar o que você precisa.
Para facilitar a conta: R$ 1 mil no Tesouro Selic com a taxa de juros a 2% se transformam em R$ 1.020 em um ano (um pouquinho menos, na verdade, após impostos e taxas).
Na Guide, o crédito sai a partir de 0,6% ao mês. Ao fim de um ano, em um empréstimo de R$ 1 mil, tem de devolver R$ 1.080.
No fim das contas, você ganha R$ 20 numa ponta e perde R$ 80 na outra. Prejuízo de R$ 60.
Sacando o dinheiro e reaplicando ele lá na frente, você até deixa de ganhar um teco do jurinho anual, mas a perda será de zero.
A taxa mínima da Easynvest é mais alta, de 1,5% ao mês. Depois de um ano, o gasto com juros iria a R$ 190, enquanto o dinheiro continua rendendo apenas R$ 20. R$ 170 de prejuízo na veia.
Mas existem exceções. Se você investiu em um CDB que só pode ser resgatado daqui a dois ou três anos, e precisa de dinheiro agora, um empréstimo a juros mais baixos que os do mercado vem a calhar.
Para evitar uma bola de neve no cheque especial, por exemplo, qualquer empréstimo está de bom tamanho. Em um ano no negativo da conta, R$ 1.000 viram uma dívida de R$ 2.518.
Bom, para saber se vale a pena pegar um empréstimo na corretora garantido pelo CDB irresgatável, você precisa comparar com outras formas de crédito no mercado.
O mais barato é o consignado, que na média sai por 2,2% para trabalhadores do setor privado, e 1,3% para servidores públicos. Ou seja: se você não prestou concurso, vale usar o crédito da corretora.
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