Por que fugir de ações de empresas em recuperação judicial

Mercado financeiro

Ao lado da Americanas, existem mais de uma dezena de empresas com ações na bolsa que estão atualmente em recuperação judicial.

O pedido de RJ costuma ser acompanhado de um tombo brutal nos papéis. E a companhia ganha mais atenção do mercado, já que as notícias sobre a saúde financeira se multiplicam. 

Nesse cenário, investidores se perguntam se a ação está “barata” e vai se recuperar. A tendência é o contrário.

Um relatório da Guide mostra que os planos de reestruturação duram pelo menos 4 anos e podem se estender por mais de uma década, período em que os papéis recuam ainda mais.

Empresas que conseguem se reestruturar e saem da recuperação judicial tampouco tendem a se reabilitar na bolsa – daí por que a melhor aposta para o pequeno investidor seja ficar de fora dessa.

As recuperações encerradas recentemente mostram isso. A construtora PDG ficou quatro anos sob proteção da Justiça para negociar débitos com credores. 

Quando entrou em RJ, a ação era vendida ao redor de R$ 28,80. Saiu da recuperação cotada a R$ 3,59 e agora vale R$ 0,13 no home broker.

A grande exceção é a fabricante de telhas Eternit, que quase quebrou com a proibição de amianto no Brasil. Desde que pediu recuperação judicial, em março de 2018, a ação subiu 205%, a R$ 13,60.

A companhia já avançou muito no processo e analistas apostam que a RJ deve acabar em breve. Os resultados melhoraram: nos nove primeiros meses de 2022, o lucro foi de R$ 123,7 milhões.

Trata-se de uma exceção, não uma regra. Comprar ações em recuperação judicial está mais para cassino do que investimento.

vocesa.com.br

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