Como as aéreas ganham dinheiro com os programas de milhas?
Negócios
Companhias aéreas vendem, periodicamente, bilhões de milhas para bancos emissores de cartão de crédito.
Essas instituições, compram milhas para oferecê-las como benefícios para seus clientes. E lucram com isso, já que incentivam as pessoas a usarem mais o cartão.
É um jogo ganha-ganha. Para as aéreas, vender milhas (ou seja, passagens aéreas) aos bancos é dinheiro na veia, mesmo que o façam a preços baixos.
A americana Delta, anunciou que as receitas com as vendas de milhas para o banco American Express devem chegar a US$ 7 bilhões por ano a partir de 2023.
Se as aéreas tivessem certeza de que encheriam todos os seus voos com clientes normais, elas não venderiam milhas para bancos com desconto.
Mas não é isso que acontece: na média, cada voo decola com uns 15% de lugares vazios. Então o esquema vale (muito) a pena para elas.
O modelo dá certo porque, no fim, consumidores continuam usando cartões de crédito que oferecerem milhas. Mas nem sempre vale a pena.
Outro benefício comum de cartões é o cashback, em que você recebe uma pequena porcentagem do dinheiro gasto na compra de volta (em geral, 1% a 2%).
Fazendo as contas, no final do ano, é possível que o dinheiro acumulado via esse mecanismo pague passagens que as milhas ganhas com a mesma quantia não cobririam.
Isso sem contar o fato de que milhas expiram, e muitas são perdidas enquanto o usuário do cartão tenta acumular o suficiente para as férias dos sonhos.