Equador, Zimbábue, El Salvador e Panamá são os únicos países com algum porte a não ter moeda própria – os quatro usam o dólar americano mesmo.
Já micronações não costumam ter uma economia forte o bastante para contar com moeda própria – caso de Palau e Micronésia (dólar), Guadalupe (euro) e Tuvalu (dólar australiano).
O caso mais emblemático é o do Zimbábue. O país perdeu sua moeda por ter passado por uma das maiores inflações da história.
Em 2008, os preços do dólar zimbabueano (Z$) dobravam todos os dias. Os governantes passaram a imprimir dinheiro para comprar dólares e euros, e enviar para suas contas no exterior.
Passou a haver tanta moeda em circulação que os preços não paravam de subir. Nessa época, chegaram a instituir a nota de 100 trilhões de dólares zimbabueanos.
Em questão de meses, uma delas já não bastava para comprar uma passagem de ônibus. Os cidadãos pararam de usar a moeda local. O comércio só aceitava dólares ou rands, da vizinha África do Sul.
Em 2009, o governo parou de imprimir dólar zimbabueano – o papel era mais caro do que qualquer valor que imprimissem ali. E o país deixou de ter moeda.
Não ter moeda é algo ruim para qualquer país. Quando um governo não imprime sua própria moeda, ele não tem como produzir dinheiro para estimular a economia.
Quando os juros básicos de um país caem, o governo produz grana e empresta para o sistema bancário. Os bancos emprestam a juros menores. Se o governo exagera na dose, causa inflação.