como surgiu a ideia de trabalharmos só quatro dias?
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Nos últimos meses, vários países – Brasil incluso – começaram a testar uma jornada de trabalho de quatro dias por semana. A iniciativa é comandada pela 4 Day Week, uma organização da Nova Zelândia.
Começou em 2018, quando o empreendedor neozelandês Andrew Barnes leu um artigo na Economist dizendo que muitos trabalhadores só eram produtivos por algo entre uma hora e meia e três horas por dia.
Surgiu a ideia: daria para encurtar a jornada sem danos à empresa, focando em cortar as horas improdutivas.
Ele decidiu testar na sua própria companhia de serviços financeiros, a Perpetual Guardian. O modelo escolhido foi o que Barnes apelidou de “100-80-100”.
Os 240 funcionários recebem 100% do salário, cumprem apenas 80% da jornada de trabalho, e devem atender 100% das demandas.
Funcionou. A porcentagem de trabalhadores que se diziam estressados caiu de 45% para 38%; 78% diziam ter um bom equilíbrio entre vida profissional e pessoal no novo regime, contra 54% antes.
O engajamento, no geral, aumentou, e, mais importante: a performance se manteve intacta, mostrando que a produtividade aumentou.
Em novembro daquele ano, a Perpetual Guardian decidiu transformar a mudança em permanente. E Barnes decidiu espalhar a palavra da semana de quatro dias pelo mundo.
Fundou, então, a 4 Day Week Global. A entidade é a responsável por colocar em prática vários experimentos em diversos países.
Eles se reúnem com instituições locais para recrutar empresas que topem testar o modelo, além de ter parcerias com importantes universidades, que medem e analisam as métricas dos projetos.
Já aconteceram testes nos EUA, Reino Unido, Canadá e Austrália, além da Nova Zelândia. Mais recentemente, na África do Sul e está acontecendo no Brasil.