Da Redação

76% dos pais se sentem culpados por priorizar o trabalho 

SOCIEDADE

Um recente levantamento realizado pelo Infojobs ouviu profissionais de todo o Brasil sobre suas percepções da relação entre paternidade e vida profissional.

Os resultados afirmam que ser um bom pai e um bom profissional, na mesma medida, pode ser um desafio para a maioria dos brasileiros.

76% dos pais dizem sentir culpa, sempre ou às vezes, por priorizarem o trabalho em detrimento da rotina com os filhos

Quando questionados sobre a participação em momentos importantes da vida dos filhos, como reuniões escolares ou consultas médicas, 38% dos pais afirmam trabalhar em empresas que oferecem flexibilidade.

Já 34% dizem não contar com esse apoio e 28% têm a possibilidade, mas não comparecem com frequência, delegando a função à mãe ou a outros parentes.

A principal barreira, segundo os próprios entrevistados, é a carga de trabalho e a falta de flexibilidade profissional (39%).

Outros 18% apontam dificuldades pessoais na organização e priorização do tempo em família.

Além disso, as práticas das empresas são apontadas como frágeis ou inexistentes: 46% dos profissionais que são pais dizem que sua empresa não possui políticas de apoio à paternidade.

A ausência de orientação e acolhimento também afeta a percepção sobre engajamento profissional..

46% acreditam que são vistos como menos comprometidos com a carreira por priorizarem a família.

Por outro lado, entre os profissionais sem filhos, 40% sentem que são percebidos como mais equilibrados e responsáveis.

Ao entrarem nessa conversa, as empresas têm a oportunidade de contribuir para a construção de ambientes mais acolhedores e flexíveis, que considerem as diferentes realidades dos profissionais.

Essas transformações também representam um passo importante em direção à equidade de gênero, ao promover um maior equilíbrio na divisão das responsabilidades.