por Sofia Kercher

Conheça o burnout social

Pense nos seus índices de energia como uma bateria de celular. Amanhece em 100% – e, conforme as horas vão passando, mais e mais coisas fazem com que ela diminua.

Ao chegar em casa, você está com 5% de bateria. 95% foi gasto no trabalho, e o restinho que sobrou não é suficiente para que você queira interagir, falar ou sair com ninguém. Eis uma situação emblemática que ilustra o chamado burnout social.

Ele foi identificado pela mestre em psicologia organizacional Emilly Ballesteros, em seu livro A Cura do Burnout: Como encontrar equilíbrio e recuperar a sua vida após o esgotamento.

Segundo ela, as pessoas que sofrem desse diagnóstico acabam escolhendo o desgaste pessoal e o ressentimento em vez de estabelecer expectativas ou priorizar as próprias necessidades. “O burnout social ocorre porque os relacionamentos são uma troca – uma troca que oferecemos recursos limitados (tempo, energia, atenção) que são difíceis de preservar”, escreve.

Alguns indicadores da síndrome são: – Ser conhecido como o amigo, parente ou colega “confiável”, “altruísta”; – Sempre ter coisas para fazer que não faria se alguém não pedisse; – Fazer coisas por culpa antes mesmo de tentar dizer não;

– Justificar decisões pensando “Eu gostaria que alguém fizesse isso por mim, então devo aceitar”, por mais que tenha um histórico de não pedir nada em troca; – Quando as pessoas o convidam para algum programa, a primeira reação que você tem é um “argh” interno; – Sonhar em não ter obrigações sociais e desaparecer por um tempo.