CEO de startup defende uma jornada de trabalho intensa, de 12h por dia

CEO de startup defende uma jornada de trabalho intensa, de 12h por dia

SOCIEDADE

por Leo Caparroz

O mundo das startups do Vale do Silício é extremamente competitivo. Segundo Daksh Gupta, o CEO de 22 anos da Greptile, o segredo para se destacar entre os concorrentes é uma dedicação tão extrema quanto.

Em um post recente no X (antigo Twitter), Gupta conta que o ritmo de trabalho na Greptile é estressante. A jornada de trabalho seria de 84 horas semanais, com finais de semana no escritório e zero tolerância para trabalho mal feito. Nas palavras dele, a empresa “não é para quem quer ter equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”.

A Greptile, startup que desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial para ajudar programadores a encontrar problemas em seus códigos, está contratando – em sua publicação, Gupta estava contando que, logo no começo das entrevistas com candidatos, avisava desse ritmo intenso da empresa. Pelo menos ele é transparente.

O que era para ser um post da bolha tech do Vale do Silício acabou ganhando certa repercussão. O tweet tem cerca de mil comentários, a maioria debochando da decisão do CEO e criticando fortemente o suposto regime de trabalho da Greptile – que fere leis trabalhistas em vários países.

Segundo Gupta, muitos de seus funcionários e colegas de startup saíram de empresas em que se sentiam “entediados, trabalhando pouco”. Seu objetivo durante as entrevistas seria filtrar os candidatos para encontrar aqueles que “desejassem essa intensidade, não apenas a tolerem”.