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Por equidade e inclusão, P&G lança licença paternidade de 8 semanas

O projeto é voltado para casais hétero e homoafetivos e, para Raíssa Fonseca, gerente sênior de RH da empresa, ajudará a remover estigmas de gênero

Por Elisa Tozzi
Atualizado em 10 dez 2020, 20h21 - Publicado em 6 out 2020, 07h00

A partir de outubro, a P&G, dona das marcas Gillette, Pampers e Oral-B, vai aumentar a licença-paternidade: os funcionários poderão ficar com o novo bebê por até 8 semanas. A política vale para casais hétero e homoafetivos, para partos e adoções, e faz parte do programa de diversidade da multinacional.
“Queremos que todos se sintam parte de uma cultura que visa a equidade e a inclusão, na qual ter sucesso no trabalho e dedicar tempo à vida familiar podem andar de mãos dadas”, diz Raíssa Fonseca, gerente sênior de RH da P&G. Para ela, esse projeto ajudará na busca por equidade e por uma sociedade mais justa para homens e mulheres.

Leia a entrevista completa.
Qual foi a motivação da empresa para ampliar a licença-paternidade?
Impactar positivamente a sociedade e construir um ambiente de trabalho mais inclusivo e de equidade, onde nossos talentos são engajados e contribuem no seu pleno potencial. Expandir uma família, seja por meio de adoção ou parto, é uma grande mudança de vida e é por isso que a companhia oferece opções de licença e forte apoio para os pais cuidarem e se relacionarem com seus filhos.
Nossa aspiração é construir um mundo e um local de trabalho onde não há espaço para estigmas de gênero, queremos uma sociedade com vozes e oportunidades iguais para todos. Consistente com o nosso objetivo de ser um ótimo lugar para se trabalhar, queremos que todos se sintam parte de uma cultura que visa a equidade e a inclusão, na qual ter sucesso no trabalho e dedicar tempo à vida familiar podem andar de mãos dadas.


Quais os benefícios esperam colher com a prática?
A participação dos pais em um longo período após o nascimento da criança pode fortalecer o vínculo familiar, e ainda contribui para um bom desenvolvimento infantil.
A partilha de cuidados também tem impacto positivo para as mães que saem de licença maternidade, visto que quando o cônjuge ou parceiro também tira a licença, o envolvimento nos cuidados infantis e domésticos aumenta e as mães regressam ao trabalho com mais facilidade.
Quando todos os pais têm acesso à licença remunerada e à oportunidade de compartilhar os cuidados, avida de uma família torna-se mais saudável e feliz. Além disso, o reconhecimento pelos empregadores de que tanto as mães quanto os pais têm responsabilidades de cuidar leva a uma maior igualdade no mercado de trabalho.
Por não ser algo cultural, talvez alguns pais se sintam receosos em tirar as 8 semanas. O que vão fazer para estimulá-los?
Acreditamos que cuidar da casa e da família não tem gênero e, por essa razão, estabelecemos essa estrutura global de 8 semanas de licença totalmente remunerada para pais biológicos, adotivos, de casais homo ou heteroafetivos. Os colaboradores podem tirar esse período continuamente ou fazer um intervalo, em até 18 meses a partir da data do evento. Essa medida permite que os pais possam alocar sua licença no momento familiar que fizer mais sentido para o cuidado com a criança.
No caso de casais homoafetivos, a P&G ainda oferece a possibilidade de eles estruturarem as licenças da forma como a família achar mais adequada, ou seja, decidir quem ficará com o benefício concedido por lei de até 6 meses referente à licença maternidade, e quem ficará com esse novo benefício. Isso reflete a aspiração da empresa de criar um mundo livre de preconceitos, com voz e oportunidades iguais para todos.
Porém, enxergamos esse novo benefício como algo para além de um suporte adicional da companhia, nós estamos engajados em fazer essa transformação cultural tão necessária para que o máximo proveito seja tirado dessa licença. E essa mudança vai ser necessária para que cada vez mais os profissionais se sintam parte de uma cultura de equidade e inclusão, onde ter sucesso no trabalho e dedicar tempo à vida familiar estão juntos e, mais do que isso, são vistos como igualmente importantes. . Para tanto, continuamos trabalhando junto ao nosso pilar interno de Equidade e Inclusão para desenvolvermos conteúdos, workshops, entre outras atividades, que visem desmistificar o estigma de gênero por trás do cuidado e auxiliar nessa mudança cultural. E também muito importante, temos focado em unir os líderes e gerentes para endossar e apoiar totalmente a licença parental para todos os pais.
Essa prática pode ajudar a aumentar a igualdade entre homens e mulheres não apenas nas empresas, mas na sociedade em geral?
Com certeza. Por meio de nossas ações, aspiramos construir um mundo melhor para todos – dentro e fora da P&G. Com essa nova estrutura, a companhia visa remover o estigma de gênero na prestação de cuidados aos filhos, dando a todos os pais acesso equitativo à licença remunerada e, dessa forma, auxiliar nessa jornada de mudança dos padrões culturais da sociedade em que estamos inseridos. Ao estabelecer um padrão mais elevado em políticas e práticas de mercado, também queremos normalizar a licença paternidade e impactar positivamente, não apenas as famílias individuais e a P&G, mas a sociedade como um todo.
Precisa de uma boa ideia para ajudar pais e mães a trabalharem melhor no home office? Essa prática pode ajudar.

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