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Outubro rosa: “Não venci sozinha, é muito difícil vencer sem alguém”

Conheça a história de Linda Rojas uma potente voz no combate ao câncer de mama no Brasil

Por Hanna Oliveira
Atualizado em 9 dez 2020, 23h04 - Publicado em 22 out 2020, 17h36

Linda era uma estudante de Relações Internacionais e tinha apenas 24 anos quando recebeu seu primeiro diagnóstico de câncer de mama. Sem histórico familiar ou qualquer convívio com alguém que tinha enfrentado a doença, o momento foi desafiador: “O meu baque de descobrir que estava com câncer nessa idade foi muito grande, porque ainda estamos construindo muita coisa, alicerçando os sonhos e de uma hora para outra eu senti que tudo tinha sido interrompido, porque muita coisa é interrompida”, relembra.
Desde então, Linda já passou por um segundo diagnóstico aos 27 anos, se casou com Caio e está à frente do projeto de conteúdo “Uma Linda Janela” e da palestra “Pequenas Felicidades”, criados em 2016 para contar a sua história e abordar temas de carreira e vida pessoal, traçando paralelos entre as situações que vivenciou. Linda acredita numa outra forma de abordar a doença e relata que não teve acesso a conteúdos como esse quando estava em tratamento: “No projeto falamos numa linguagem leve para descomplicar o câncer. Eu sentia falta disso quando fiquei doente, de falar de uma maneira sem ser trágica. Hoje você pode viver além da doença. Eu me descobri fazendo isso”. 
Quando o mundo se pinta de rosa
Desde os anos 90 outubro é o mês marcado pela cor rosa – o outubro rosa é o período de conscientização e combate ao câncer de mama. A data foi idealizada pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, que promoveu a Corrida pela Cura e distribuiu laços rosas para as participantes. O Instituto Nacional do Câncer divulgou uma estimativa de 66.000 novos casos de câncer de mama no Brasil em 2020.

Nesse sentido, o outubro rosa tem sido um grande aliado na conscientização para o diagnóstico precoce e também para aumento do número de exames. Entre 2010 e 2016, por exemplo, o número de mamografias aumentou em 37% segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS). É também possível encontrar no SUS o tratamento completo para a doença desde a mamografia, cirurgia oncológica, radioterapia e quimioterapia.
O papel das empresas na conscientização e acolhimento
Assim que Linda recebeu o diagnóstico pensou que precisaria sair de seu trabalho. Mas não foi isso que aconteceu: “Eu não tinha ideia que teria que entrar pelo INSS, eu fui acolhida por todo mundo, todos foram muito preocupados e eu tive essa rede de apoio no trabalho”, conta. O profissional que for diagnosticado com a doença, pode recorrer ao auxílio doença através da previdência social. Apesar da experiência positiva, ela relata que nas suas andanças ouve relatos de pessoas que sofreram preconceito. “São pessoas que quando voltam a trabalhar não são bem acolhidas. Acham que de alguma forma esse funcionário não é mais competente, ou sofrem discriminação por muitas idas ao médico por exames de rotina e geralmente nos horários de expediente”.
Sabendo dessa responsabilidade, a Roche, empresa farmacêutica global, desenvolveu a ação “Vem Falar de Vida” que tem como intuito a conscientização sobre o câncer de mama. Um dos desdobramentos da iniciativa é o projeto “Um dia para se cuidar sempre”, que incentiva os funcionários a usarem um dia livre por ano para acompanhar uma mulher da sua rede de contatos (companheira, mãe, filha, amiga, parente) em consultas ou exames ginecológicos. “O câncer de mama precisa ser cada vez mais entendido como um tema de interesse de toda a sociedade. Isso significa que cada um de nós precisa fazer o seu papel e ir além, inspirando atitudes efetivas”, afirma a diretora de Recursos Humanos da Roche, Denise Horato.
É justamente nesse sentido que Linda destaca que não venceu a doença sozinha. “Sempre falam ‘nossa, você superou a doença’ e eu respondo ‘não venci sozinha, é muito difícil vencer qualquer desafio sem precisar de alguém’.”, explica. “Seja um projeto, uma meta, se coloque à disposição para fazerem isso juntos. Depois a vitória é muito melhor e mais gostosa de ser sentida”, conclui. 

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