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Estes benefícios são de investimento baixo e retorno alto para as empresas

Em tempos de orçamentos apertados, é preciso ter criatividade para oferecer benefícios de baixo investimento financeiro e que tenham alto retorno

Por Ana Carolina Carvalho, da VOCÊ RH
Atualizado em 15 dez 2020, 10h37 - Publicado em 8 Maio 2019, 06h00

Equipes reduzidas, promoções congeladas, cortes de benefícios considerados supérfluos. Em muitas empresas, essas três ações foram armas importantes para enfrentar a crise eco­­­nô­­mica que assolou o país nos últimos anos. Só que manter os funcionários por muito tempo navegando nessa tríade pode prejudicar a satisfação com a empresa — o que é péssimo para os negócios.

Uma pesquisa feita pelo departamento de economia da Universidade de Warwick, no Reino Unido, apontou que profissionais que se sentem felizes no trabalho produzem 12% mais do que os colegas infelizes.

E nenhum empregador quer desperdiçar produtividade — ainda mais em momentos desafiadores para os negócios. Por isso, a pergunta que surge é: como manter o time engajado em época de vacas magras?

Antes de pensar em ações de baixo custo e alta eficiência, é preciso estar com a casa arrumada. “Os benefícios só terão impacto positivo se os empregados sentirem que os outros campos estão sendo tratados com credibilidade e atenção”, diz Erika Graciotto, da consultoria Towers Watson.

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Salário em dia, jornada de trabalho não abusiva e vale-alimentação de acordo com os valores praticados no mercado, por exemplo, não podem faltar jamais. Com isso feito, é possível ir além e pensar em incentivos mais criativos — e que não exijam tanto investimento.

Alinhamento cultural

Também é importante que os benefícios sejam coerentes com a cultura da empresa. “A oferta tem de ser customizada. Cada instituição trabalha os mais indicados ao seu perfil. Quando se consegue esse equilíbrio, os resultados são positivos: atraem-se talentos adequados ao negócio, há motivação e ganho de produtividade e a retenção de profissionais é mais expressiva”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores e autora do livro Revolução Orçamentária — O Avanço do Orçamento Base Zero (Trevisan, 54 reais).

Esse alinhamento cultural é o que rege as ações da Sodexo, companhia francesa de serviços de alimentação, transporte e incentivos e que tem 40 000 funcionários no Brasil. “Cuidar das pessoas faz parte de nosso DNA. Cuidamos de nossos colaboradores para que eles cuidem dos colaboradores de outras empresas”, diz Vana Fiorini, gerente de aquisição de talentos e administração de pessoal da Sodexo On-Site no Brasil.

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Por isso, muitos dos benefícios têm foco na qualidade de vida do time. Um exemplo é o programa que dá auxílio jurídico, social, psicológico e financeiro aos empregados.

 

“Se alguém tem um filho com dificuldade na escola ou passa por um momento de luto, pode recorrer ao nosso atendimento e ter orientações adequadas para lidar com a situação. Sabemos que problemas familiares e financeiros afetam a produtividade e causam estresse. Com esse apoio, os funcionários sentem-se mais seguros e engajados”, diz Vana.

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Mas não é preciso algo tão profundo para pensar no bem-estar do time. No final do ano passado, a Sodexo lançou um projeto simples e de custo zero: a liberação das bermudas nos meses de verão. De dezembro a abril, os colaboradores que não precisam usar trajes e equipamentos especiais de segurança podem trabalhar com as pernas de fora às sextas-feiras.

“No lançamento do Bermuda Day, demos palestras sobre moda, orientamos sobre o uso da bermuda e distribuímos água de coco. É fundamental que os profissionais entendam que essas propostas são para promover a qualidade de vida”, diz Vana.

As ações parecem estar dando certo. Uma pesquisa interna da companhia feita no ano passado apontou que o índice de satisfação dos empregados com a qualidade de vida chegou a 79%.

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Investimento baixo, retorno alto

A Nasajon Sistemas, que desenvolve softwares de gestão, encontrou uma maneira barata — e eficiente — de mimar os funcionários. “Não é preciso orçamentos robustos e espaços grandiosos”, diz Carlos Ferreira, diretor de relacionamento da companhia.

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Ele acredita nisso porque, em 2004, a empresa precisou de apenas 4 500 reais para criar um dos benefícios mais queridos por seus 206 empregados: o Espaço Zen. “Transformamos uma sala pequena, de 12 metros quadrados, em um lugar agradável, com decoração apropriada para quem quer descansar, com sofás, pufes, tapete e televisor.

A manutenção é de 2 500 reais por ano”, diz Carlos. O local pode ser usado a qualquer hora do dia — mas os horários de pico são antes do início do expediente e logo após o almoço. Mais de 70% do time utiliza o espaço e 94% dos usuários estão satisfeitos ou muito satisfeitos com o que é oferecido ali.

Outra iniciativa de baixíssimo custo é o serviço de manicure: de quarta a sexta, uma profissional trabalha na empresa e cobra um valor mais baixo do que o praticado nos salões de beleza. “A Nasajon não tem custo com a manicure. Nós lhe oferecemos a clientela e uma sala preparada para o atendimento. Em troca, ela consegue dar desconto pelo seu serviço”, diz Carlos.

“São medidas simples que ajudam a manter a equipe entrosada.” Não à toa, na pesquisa interna de clima e engajamento, a Nasajon atingiu a nota de 93,2% de satisfação. Prova de que não é necessário gastar rios de dinheiro para oferecer contrapartidas aos funcionários. Só é preciso um pouco de criatividade e sensibilidade para entender o que, de fato, fará a equipe se sentir feliz para produzir mais e melhor.

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