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Estas são as lições para os profissionais de RH do amanhã

A Segunda Turma da Academia VOCÊ RH ajudou a preparar 28 profissionais de gestão de pessoas para o futuro

Por elisatozzi
Atualizado em 15 dez 2020, 10h12 - Publicado em 9 out 2019, 06h00

Qual é o papel do líder de recursos humanos? Quais habilidades são essenciais para lidar com a complexidade desse cargo? E como quem trabalha na área deve se preparar para o que está por vir?  Essas três grandes questões permearam os cinco dias de aulas, palestras, debates e discussões da Segunda Turma da Academia VOCÊ RH, projeto da revista VOCÊ RH que, em parceria com o Profuturo, da Fundação Instituto de Administração, tem como objetivo formar os diretores de gestão de pessoas do futuro — e 28 deles estavam presentes nas salas de aula da FIA, em São Paulo.

A largada pela jornada de conhecimento foi dada por Joel Dutra, professor livre-docente na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo e vice-coordenador do MBA em recursos humanos da FIA. Sua missão, na aula inaugural, foi explicar por que é tão importante que os líderes atuem na arena política corporativa.

“As pessoas costumam entender as habilidades políticas como politicagem, mas elas são sua influência interpessoal, algo que exige um equilíbrio difícil de alcançar: ser flexível sem perder a integridade”, disse o professor.

A necessidade de circular nesse espaço em que a habilidade de influenciar é essencial aumenta de acordo com o nível de complexidade da atuação dos profissionais.

Fotos: Flavio Santana

A questão é que, na maior parte dos casos, as pessoas não são desenvolvidas para ter esse tipo de competência.

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As promoções, no geral, ainda ocorrem por méritos técnicos e, quando se tornam líderes, os funcionários relutam para deixar de fazer o que amam (a execução prática de sua função) e não têm o apoio necessário para desenvolver as competências indispensáveis para atuar no nível estratégico, esfera em que as ações precisam, sempre, ser acordadas com os pares — pois cada decisão estratégica repercutirá em todos os níveis organizacionais.

“A maior dificuldade do líder brasileiro é construir e sustentar parcerias, há uma grande dificuldade com o trabalho colaborativo, o que gera ineficiência”, explicou Joel. Por isso, é papel das empresas — e do RH — criar um ciclo de desenvolvimento para que os profissionais assumam o protagonismo e compreendam que, ao abraçar a complexidade, vão se tonar pessoas melhores e ajudarão as empresas a crescer.

“À medida que você se desenvolve profissionalmente, vo­cê se desenvolve como cidadão. À medida que eu estimulo isso, eu ofereço às pessoas um patrimônio que é delas”, afirmou.

Embora o líder de pessoas não possa obrigar ninguém a desenvolver-se, ele tem algumas ferramentas para estimular esse desejo. Uma das mais importantes é o autoconhecimento, conceito que deve ser usado tanto para instigar a força de trabalho quanto para ajudar a si mesmo a evoluir.

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Esse foi o tema da aula de Luiz Carlos Cabrera, sócio-fundador da Panelli Motta Cabrera, que, durante uma manhã fria, fez a turma pensar sobre seus propósitos e valores — fundamentais para navegar num mundo em que as transformações são profundas em todas as esferas.

Encontrar o que realmente nos move é algo complexo e, durante alguns minutos, os alunos se reuniram em duplas para contar, um ao outro, quais seriam seus valores e por quê.

Para isso, seguiram a orientação de Cabrera: “Seu propósito pode ser definido com a pergunta: o que acontece com o mundo se você não existir mais? E seus valores têm a ver com a maneira como você lida com a vida e faz seus julgamentos. Mas eles precisam ser baseados em história. 

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Se não há história, não há valor”, explicou.

Logo em seguida, duas executivas de RH participaram de um debate exatamente para mostrar qual é a importância do desenvolvimento de um propósito corporativo. Denise Horato, da farmacêutica Roche, e Rute Melo Araújo, da multinacional de logística VLI, compartilharam suas histórias.

Elas explicaram como os valores são sentidos no dia a dia e como isso é fundamental para que os funcionários se conectem com algo maior. “Para cada empresa, o propósito tem um impacto diferente.

E você tem de alinhar seu propósito individual ao da companhia”, disse Denise. A diretora de gente e serviços da VLI complementou: “Você tem de ressignificar seus valores a todo o tempo, senão seu valor fica velho”.

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E o futuro?

Um dos pilares que geram muito debate na Academia VOCÊ RH é o de tendências para o futuro.

E não poderia deixar de ser diferente. Afinal, o RH tem a missão de ajudar os trabalhadores a se prepararem para o que está por vir — pensando tanto no desenvolvimento de novas habilidades quanto em novos jeitos de trabalhar.

Para mostrar como as empresas estão se preparando para o amanhã, a turma fez uma imersão na EDP, companhia portuguesa de energia, na qual pessoas e máquinas já trabalham lado a lado.

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Tanto que, ao chegar no escritório da multinacional, os alunos foram recepcionados por Órion, um robozinho falante que introduziu os palestrantes do dia. Uma equipe mostrou como funciona a inteligência artificial na prática — num telão, foi possível ver os softwares que resolvem questões de atendimento ao cliente.

Na EDP há 157 robôs, dois deles com tecnologia de inteligência artificial. Em seguida, a diretora de recursos humanos, Fernanda Pires, e o diretor de TI, Marcos Penna, mostraram como a integração das áreas de gestão de pessoas e transformação foi importante para ter mais agilidade, colaboração e eficiência. “Precisamos mudar a forma como trabalhamos e pensamos”, disse Fernanda.

Além de ver o futuro no presente, os participantes pensaram em como as tendências atuais vão impactar a vida das próximas gerações. O responsável por essa reflexão foi Reinaldo Gregori, CEO da Cognatis, consultoria especializada em big data, geomarketing e analytics para negócios.

Em sua fala, ficou claro que o envelhecimento da população brasileira acarretará grandes desafios para o governo e para as empresas. “Somos o terceiro país com a mais rápida taxa de envelhecimento, perdemos de Singapura e Colômbia.

Na França, eles tiveram 100 anos para se preparar. No Brasil, teremos apenas 20”, disse Reinaldo. “Do ponto de vista dos negócios, há muito para ser feito por causa dos idosos. No mercado de trabalho, idade e experiência são coisas que andam juntas”, completou. Por isso, nada melhor do que estar preparado.

E os alunos mostraram que estão nesse caminho durante a apresentação do Desafio do RH, quando compartilharam soluções para problemas de gestão de pessoas, que foram de preparação de um programa de aposentadoria a transformação cultural.

Fotos: Flavio Santana ()

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