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Autoconhecimento: como desenvolver essa competência

Entenda por que refletir sobre si mesmo é uma ferramenta importante para ajustar sua trajetória e se transformar em uma pessoa melhor

Por Elisa Tozzi
Atualizado em 30 dez 2021, 11h43 - Publicado em 14 ago 2020, 13h51

Por que o autoconhecimento é tão importante? De acordo com Heloísa Capelas, especialista no tema, CEO do Centro Hoffman e autora de O Mapa da Felicidade (Gente, 37,50 reais), saber quem você é verdadeiramente ajuda a conquistar resultados melhores – tanto na vida profissional, quanto na pessoal. Do ponto de vista das empresas, estimular que os funcionários desenvolvam essa competência traz ganhos para todos; e o RH tem um papel importante nesse sentido.

Leia e entrevista que a especialista concedeu para a VOCÊ RH.

Qual é a importância do autoconhecimento para o desenvolvimento profissional?

O autoconhecimento traz resultados para todas as áreas da vida, inclusive a profissional. Quando nós nos conhecemos de verdade, conseguimos identificar o bem e o mal que nos compõem, conseguimos nos apropriar de quem realmente somos a partir de um exercício contínuo de auto-observação sem julgamentos ou autocríticas desproporcionais. Com isso, conseguimos gerenciar nossas emoções e, consequentemente, nossos comportamentos.

Na prática, funciona assim: o autoconhecimento permite que você reconheça suas falhas, como, por exemplo, permite que identifique e assuma para si que costuma ser desorganizado. E agora que você sabe e aceita que a desorganização é uma de suas inabilidades, em primeiro lugar, parará de se doer tanto quanto alguém lhe trouxer essa crítica (afinal, é verdade, você sabe da sua desorganização); em segundo lugar, poderá fazer um exercício ativo e intencional para transformar esse comportamento em outro, que lhe traga resultados melhores.

Ou seja, olhar para si é o começo para ganhar consciência quanto aos comportamentos inconscientes que geram resultados negativos. E, a partir daí, transformá-los fica muito mais fácil.

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Quais são os maiores desafios na busca pelo autoconhecimento?

Muitas pessoas não topam o exercício de se olhar por medo do que vão descobrir a seu próprio respeito. Tantas outras começam, mas deixam o exercício pela metade. O que acontece é que o autoconhecimento é uma proposta sem fim, uma ação que precisa ser exercitada diariamente, com intenção e atenção. Esse é o único jeito de identificar os paradigmas que precisam ser quebrados com o objetivo de que se possa obter melhores resultados. Se você continua igual, terá resultados iguais; se topa olhar para si, poderá, de dentro para fora, promover pequenas mudanças que resultem em enormes diferenças.

Como o RH pode estimular os funcionários de uma empresa a buscar o autoconhecimento?

Acho que o melhor mecanismo seria as empresas investirem em programas e treinamentos que promovam a saúde mental e emocional. Nós tivemos que treinar nossos RHs a compreender a importância e assumir a responsabilidade por programas de cuidado com a saúde física – veja, por exemplo, as iniciativas de sucesso que já foram implementadas para a prevenção ao câncer de mama (outubro rosa) ou de próstata (novembro azul). Agora, especialmente em meio à pandemia que vivemos, está na hora de a área abraçar a saúde mental da mesma maneira; de lançar um olhar holístico para seus profissionais para perceberem que produtividade e inventividade também têm tudo a ver com bem-estar.

Muitas e muitas companhias do Brasil e do mundo perdem seus profissionais mais brilhantes porque os esgotam emocionalmente. É verdade que cabe ao profissional saber quando parar, mas, nem sempre ele tem essa noção, nem sempre percebe que está percorrendo uma trajetória sem volta rumo ao esgotamento. É aí que o RH precisa entrar, ou seja, com ações preventivas que possam mapear e impedir que esses profissionais cheguem tão longe, e fomentar o autoconhecimento é peça-chave nesse sentido. É fornecer a ferramenta para que o colaborador consiga se perceber e mudar a trajetória por conta própria.

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Quais conselhos você dá para quem está nessa jornada?

Eu diria: vá com medo e tudo. O que pode acontecer de pior? Digo, o que o olhar para si mesmo pode trazer de tão revelador ou perturbador que você faz tanta força para esconder? Eu posso garantir que não há nada a seu respeito tão horroroso assim; e, mesmo se houvesse, se você nunca olhar para si, nunca poderá mudar essa realidade.

A minha dica de verdade é que o autoconhecimento é para quem quer mais da vida. É para quem acredita que dá para ser mais feliz, mais livre, mais pleno, mais inteligente, mais equilibrado, mais rico, mais qualquer coisa a que você se propuser. E que, se você souber de si de verdade, esse caminho rumo às suas concretizações será muito mais curto e tranquilo.

 

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