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Por que as empresas precisam rever a ideia de meritocracia?

No décimo episódio do Rádio Peão, o podcast semanal da VOCÊ S/A, mostramos as armadilhas ocultas desse conceito

Por marianapoli19
Atualizado em 17 dez 2019, 15h08 - Publicado em 16 out 2019, 06h00

De uns tempos para cá, a meritocracia tornou-se lugar-comum nos discursos públicos; vocabulário recorrente nas startups; e figurinha repetida no mundo corporativo. Mas, para além das acepções no dicionário, o termo é complexo.

Isso porque, na prática, o conceito sugere que o sucesso profissional é determinado única e exclusivamente pelo esforço pessoal. O problema é que vivemos em um país profundamente desigual. Segundo a OCDE, seriam necessários 225 anos (nove gerações) para um cidadão pobre nascido no Brasil romper enfim o ciclo da pobreza.

É com base nesse tipo de dado que inúmeros especialistas ao redor do mundo questionam a meritocracia, argumentando que ela só faz sentido em sociedades igualitárias nas oportunidades educacionais, econômicas e sociais.

Em tese, o que os pesquisadores dizem é que desproporcional comparar as oportunidades de um CEO bem-nascido com as de um operário de fábrica. Enquanto um teve comida farta; o outro pulou refeições; enquanto um frequentou as melhores escolas; o outro teve de abandonar os estudos. Enquanto um corre para hospitais de ponta; o outro enfrenta filas no SUS.

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  • Se você quiser conhecer esse assunto com mais profundidade, leia a matéria de capa da edição de julho da revista VOCÊ S/A aqui

Mas, se a meritocracia é mesmo um mito, como tornar os critérios de contratação e promoção justos dentro das empresas? E como livrar as instituições de nepotismos e fisiologismos? É sobre isso que vamos falar neste episódio do Rádio Peão, o podcast semanal da VOCÊ S/A.

Para esse debate, nós recebemos em nosso estúdio Vanessa Cepellos, pesquisadora do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas da Fundação Getulio Vargas (FGV), e Josélio Alves do Santos, diretor de operações da Aegea, maior grupo privado de saneamento do Brasil, e líder do programa Respeito Dá o Tom, uma iniciativa robusta para incluir grupos minoritários na companhia. Quem conduz essa conversa são as editoras Mariana Poli e Luciana Lima.

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Você pode escutar o podcast Rádio Peão aqui no site EXAME e nos serviços Deezer, Spotify, Pocket Casts, Podcast Addict e YouTube!

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#8 Como conciliar filhos e carreira?
#7 Qual é o futuro da educação?

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