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Aumenta a demanda por engenheiros clínicos

Falhas no sistema hospitalar brasileiro mostram a necessidade de valorizar os profissionais de engenharia clínica

Por Juliana Américo
Atualizado em 5 dez 2020, 20h54 - Publicado em 4 ago 2020, 07h00

Matéria originalmente publicada na Revista VOCÊ S/A, edição 265, em 19 de junho de 2020.

A crise do coronavírus trouxe à tona a fragilidade do sistema de saúde brasileiro. O relatório Cenário dos Hospitais no Brasil, realizado pela Federação Brasileira de Hospitais e pela Confederação Nacional de Saúde, identifica que, em 2019, o país contava com 1,95 leito hospitalar para cada 1.000 habitantes — muito longe da média mundial, que é de 3,2. Além disso, os hospitais brasileiros ainda sofrem com a falta de equipamentos ou de manutenção, colocando a vida dos pacientes em risco.

Para cuidar desses aspectos, existe um profissional-chave: o engenheiro clínico. “Essa é uma posição estratégica nas unidades de saúde. É quem acompanha todo o ciclo de vida dos equipamentos, além das novas tecnologias disponíveis no mercado e as instalações do hospital”, diz Alexandre Ferrelli, presidente da Associação Brasileira de Engenharia Clínica (Abeclin). “A profissão começou a ganhar importância no país na década de 1980, mas com a pandemia ficou evidente a necessidade da aparelhagem correta do hospital e da manutenção em dia.”

O engenheiro clínico também auxilia em obras de reforma e de ampliação, gerencia os resíduos sólidos e trabalha com o financeiro para tornar o hospital mais eficiente em termos de custos. E a especialização é fundamental para exercer a função. “É preciso saber sobre anatomia, fisiologia, equipamentos médicos, ferramentas de gestão e estar por dentro dos jargões”, diz Antonio Gilbertoni Junior, coordenador da pós-graduação em engenharia clínica do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Segundo ele, um hospital que tenha entre 100 e 200 leitos e seja de média complexidade exige uma equipe de engenharia de dez pessoas para trabalhar 24 horas.

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Engenheiro eletrônico de formação, Marcelo Bonfim, de 53 anos, se especializou para trabalhar na saúde. Hoje, é gerente de engenharia clínica do Hospital Sírio-Libanês. “Resolvi apostar e já são 25 anos de profissão. O hospital parece uma minicidade e a estrutura é complexa”, diz. Atualmente, sua rotina é voltada para a gestão, mas, quando começou a carreira, seu foco era a operação. “É necessário falar com os enfermeiros, assessorar as equipes médicas, vistoriar o centro cirúrgico, conhecer os aparelhos.” Para dar conta, a dica é estar sempre atualizado, estudando e participando dos congressos de medicina.

(Arte/VOCÊ S/A)

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