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Minério em alta, NY em baixa e “Haddad moderado” dão o tom desta quinta

Commodity sobe 3%, dando uma força para VALE3 e cia. Nos EUA, ameaça de juros altos ad infinitum assombra. Por aqui, futuro ministro da Fazenda tenta sossegar o mercado.

Por Alexandre Versignassi
15 dez 2022, 08h35

Os futuros nos EUA começaram a manhã em baixa, com o S&P 500 em mal-humorados -1%. Culpa dos juros. O mercado começa a engolir aquilo que Jerome Powell vem falando há um bom tempo: que manterá a “Selic” deles num patamar elevado até que a inflação volte à meta, de 2% (ela está em 7,1%). 

Após a alta de ontem, de 0,50 pp, os juros do Fed foram a 4,5% – maior patamar desde 2007. Até outro dia, em setembro, boa parte dos analistas esperava que esse fosse o pico para a taxa. Agora essa Inês é morta. As previsões já apontam para um topo de 5,5% – um valor não visto desde a virada do século. 

 

Por aqui o cenário é parecido, mas por razões diferentes. O próprio BC dava os atuais 13,75% como pico até outro dia. Ao longo dos trabalhos da equipe de transição, porém, entenderam que a alta prometida nos gastos públicos para o próximo mandato criará uma pressão inflacionária que não estava no radar. E agora já falam na possibilidade de mais altas. 

Caso coloquem mais 0,75 pp ao longo de 2023, iríamos a 14,50% – um patamar que não era visitado desde 2006.

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Ontem à tarde, Fernando Haddad tentou dar uma acalmada nessa história. Disse, numa entrevista à GloboNews, que “o Brasil não está em um momento favorável à expansão fiscal”. Ou seja, que pretende segurar os inflacionários gastos públicos. Isso ajudou o Ibovespa a virar para uma leve alta ontem, de 0,20%, e estancou a alta nos juros futuros ao fim do dia. A ver como seguirá a reação do mercado hoje.

Fato é que a China pode dar uma força. O minério de ferro amanheceu em forte alta de 3%, na esteira da expectativa por um reforço na atividade econômica do país após o enorme relaxamento nas medidas anti-Covid. 

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Boa quinta e bons negócios!

 

Humorômetro - dia com tendência de baixa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Futuros S&P 500: -0,97%

Futuros Nasdaq: -1,28%

Futuros Dow: -0,69%

*às 8h23

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Europa

Índice europeu (EuroStoxx 50): -1,41%

Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,62%

Bolsa de Frankfurt (Dax): -1,31%

Bolsa de Paris (CAC): -1,33%

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*às 7h49

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,07%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,37%

Hong Kong (Hang Seng): -1,55%

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Commodities

Brent: 0,04%, a US$ 82,73 o barril

Minério de ferro: 3,23%, a US$118,99 a tonelada, na bolsa de Dalian

*às 7h47

market facts

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Petrobras já caiu um Itaú em valor de mercado

R$ 232 bilhões. Esse é o volume da perda de valor da Petrobras desde o pico histórico mais recente, alcançado neste ano, no dia 21 de outubro. Desde então, as ações caíram 43%, de R$ 37,72 para R$ 21,47. O valor de mercado é o preço somado de todas as ações. Ele caiu de R$ 532 bilhões para R$ 303 bilhões nesse período. A diferença, de R$ 232 bi, equivale a um Itaú, o banco mais valioso do país (R$ 210 bi).

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Agenda

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