IPCA-15 sobe para 0,55% em janeiro – maior patamar desde junho
Índice em 12 meses cai de 5,90% para 5,87%, mas indica uma inflação resiliente. Na Argentina, Haddad coloca panos quentes sobre as falas de Lula.
O ano não começa depois do Carnaval. Começa depois da chegada do primeiro índice de inflação. E hoje é o dia. Saiu às 9h o IPCA-15 – a prévia da inflação de janeiro. O índice veio em 0,55% – 0,03 ponto percentual acima da inflação de dezembro, e da mediana de previsões dos economistas ouvidos pelo Broadcast.
Isso indica um copo bem mais vazio do que cheio. O lado cheio é a baixa no índice em 12 meses, que caiu de 5,90% para 5,87%. O lado vazio, obviamente, é a tendência de alta da inflação, a despeito da manutenção da Selic em pesados 13,75%.
O IPCA-15 de novembro também tinha sido na faixa do meio por cento (0,53%). O último mês abaixo disso foi o já distante outubro, com 0,16%. Setembro, agosto e julho foram os meses das deflações. Junho (0,69%) foi a última vez em o índice veio acima do patamar de agora.
Os panos quentes de Hadadd
O ministro da economia tratou de “suavizar” as falas de Lula na Argentina. O presidente disse que o BNDES estaria pronto para financiar um gasoduto ligando o país dos hermanos ao Brasil – numa indigesta lembrança dos tempos em que o banco de desenvolvimento bancava obras em países de governos amigos.
Haddad disse que “o gasoduto não precisa de dinheiro do BNDES”. Mas não descartou a parada. Na verdade, justificou com termos racionais, já que a obra teria o potencial de baixar o preço do gás natural por aqui.
Disse que “financiar um gasoduto que fornecerá ao Brasil é diferente de dar crédito para construir um porto num país da América Central” – uma referência ao Porto Mariel, em Cuba, financiado pelo BNDES a partir de 2009, no governo Lula 2.
Haddad também mencionou a independência do BC: “Uma coisa é criticar. Outra é ter ingerência interna. Isso não aconteceu nos 8 anos do governo Lula. A lei está aí e está sendo respeitada”.
Que seja.
——-
O texto acima uma atualização da Newsletter Abertura de Mercado.
Futuros S&P 500: -0,30%
Futuros Nasdaq: -0,45%
Futuros Dow: -0,25%
*às 8h27
Grandes bancos querem fazer frente à Apple
Os bancos norte-americanos estão trabalhando em uma carteira virtual vinculada a cartões de débito e crédito para competir com os serviços do Apple Pay e PayPal. A carteira será operada pela Early Warning Services, uma joint venture formada por Wells Fargo, JPMorgan Chase e Bank of America – três dos maiores bancos dos EUA.
É uma tentativa de frear o avanço da Apple no setor de serviços financeiros. Nos EUA, a gigante do vale do silício já oferece o seu próprio cartão de crédito, chamado Apple Card. Ela também está trabalhando em uma conta poupança em conjunto com o Goldman Sachs, e deve oferecer uma solução ‘compre agora, pague depois’ no futuro.
Índice europeu (EuroStoxx 50): -0,13%
Bolsa de Londres (FTSE 100): -0,36%
Bolsa de Frankfurt (Dax): -0,18%
Bolsa de Paris (CAC): 0,07%
*às 7h42
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): Feriado
Bolsa de Tóquio (Nikkei): 1,46%
Hong Kong (Hang Seng): Feriado
Brent: -0.26%, a US$ 87,96 o barril
*às 7h45
Minério de ferro: -0,95%, a US$ 125,50 a tonelada, na bolsa de Cingapura (Dalian está fechada para o feriado prolongado do Ano Novo chinês).
Sam Coins
FTT, Solana, Serum e Maps eram criptoativos intimamente ligados à FTX. Quando o escândalo encabeçado por Sam Bankman-Fried levou a corretora para o buraco, a cotação desses tokens foi junto. Por isso, eles ganharam o apelido carinhoso de ‘Sam Coins’. Em janeiro, as Sam Coins decolaram, em parte fruto de especulações sobre a retomada das operações da FTX. Mas não só: elas acompanham a tendência de todo o mercado de cripto, que vive um mês de otimismo e ganhos. Esta reportagem da Bloomberg, traduzida pelo Valor, explica a movimentação – e porquê analistas consideram uma furada.
“Eu nasci há 100 anos”
Um estudo da Stanford Center on Longevity estima que, nos países mais ricos do mundo, pessoas que têm 5 anos de idade hoje viverão no mínimo até os 100. Em breve, uma sociedade lotada de centenários vai impor desafios para as economias avançadas, seus sistemas previdenciários e suas empresas. Como o mercado de trabalho deve se transformar frente a uma população envelhecendo? O New York Times comenta.
EUA, antes da abertura de mercado: 3M, General Electric, Johnson & Johnson e Verizon.
EUA, depois do fechamento: Microsoft