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Inflação dos EUA dita rumos do mercado nesta sexta

Projeção é que o PCE de dezembro tenha tido alta de 0,2%.

Por Júlia Moura
Atualizado em 27 jan 2023, 12h15 - Publicado em 27 jan 2023, 08h35

Bom dia!

Os índices futuros americanos operam em baixa à espera do PCE (Despesas de Consumo Pessoal, em inglês) de dezembro. A expectativa é que o índice tenha alta de 0,3% em relação a novembro, quando subiu 0,2%. Na comparação com dezembro de 2021, a previsão é de inflação de 4,4%, depois de 4,7% no mês anterior.

Os dados do PCE são especialmente importantes porque são a medida preferida do Fed para analisar a alta de preços. E, semana que vem, o banco central americano tem a primeira decisão de política monetária do ano. A aposta é que a Selic deles suba 0,25 ponto percentual, indo para 4,75% ao ano.

O que reforça a tese de desaceleração no aperto monetário é que a inflação já apresenta sinais de desgaste, bem como a economia americana. Apesar do PIB do quarto trimestre ter vindo maior que o esperado (2,9% ), uma fatia fundamental da atividade, o consumo das famílias, desacelerou além do previsto (2,1%). Além disso, os resultados das grandes empresas americanas estão decepcionando, vindo acompanhados de grandes demissões.

Reforma tributária

Em entrevista ao Valor Econômico, Fernando Haddad diz que irá fazer uma reforma tributária “neutra”, sem aumento da carga tributária atual. Com o aumento do apoio ao governo após os atos de terrorismo em Brasília, o ministro vê chances da reforma ser aprovada já em abril.

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Ele também se mostrou otimista com o prazo para a aprovação de um novo arcabouço fiscal, que viria antes de agosto. Para o projeto, segundo Haddad, estão sendo levadas em conta propostas apresentadas ainda no ano passado por técnicos das secretarias do Tesouro Nacional e de Política Econômica e o texto ainda será debatido com economistas não alinhados ao governo.

O ministro prevê que as medidas gerem um alívio na inflação, facilitando a condução da política monetária do Banco Central. Porém, ele considera as atuais metas de inflação distantes da realidade. “Se é uma meta muito exigente e não alcançável, não é uma meta boa. Se ela é uma meta não exigente, não cumpre a função que é controlar a inflação.”

Para este ano, a meta inflacionária do BC é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. As previsões são de estouro da meta pelo terceiro ano consecutivo. O boletim Focus aponta um IPCA de 5,48% este ano.

Se quando se atingia a meta, a dobrava, será que quando não se atinge a meta, a corta?

Bons negócios!

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Humorômetro - dia com tendência de baixa

Futuros do S&P 500: -0,25%

Futuros do Dow Jones: -0,04%

Futuros do Nasdaq: -0,50%

*às 8h27

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market facts

Demissões para além das techs

A onda de grandes demissões nos Estados Unidos não se restringe só às Big Techs. Ontem, a  fabricante de produtos químicos Dow disse que irá demitir 2 mil funcionários após resultados abaixo do esperado em 2022 . No começo da semana, a 3M fez o mesmo movimento A gigante irá dispensar aproximadamente 2,5 mil empregados dada a queda na demanda por seus produtos. 

Diferente de Google, Amazon e Meta, essas demissões refletem muito mais a desaceleração da economia como um todo do que uma adequação de gigantes que surfaram bem a pandemia a uma nova realidade. É o preço que a alta de juros nos EUA e no resto do mundo começa a cobrar.

Agenda

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Brasil, 9h30:  Lula se encontra com governadores

EUA, 10h30: gastos com consumo em dezembro (PCE)

EUA, 12h: índice de sentimento do consumidor final de janeiro (Michigan)

Brasil, 13h30: governo central deve anunciar superávit primário de R$ 1,5 bilhão em dezembro

Europa

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Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,34%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,16%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,31%

Bolsa de Paris (CAC): 0,25%

*às 8h08

Fechamento na Ásia

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): Feriado de Ano Novo Lunar

Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,07%

Hong Kong (Hang Seng): 0,54%

Commodities

Brent*: 1,58%, a US$ 88,84

Minério de ferro: 1,15%, a US$ 127,75 por tonelada em Singapura

*às 8h26

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BBAS3: vale a pena?

Mesmo com o maior lucro do setor e distribuição de dividendos generosa, o Banco do Brasil (BBAS3) segue muito mais barato que os concorrentes: 60% mais que o Itaú, 77% mais que o Santander e 50% mais que o Bradesco. Vale a pena tamanha promoção? Veja a resposta nesta reportagem da VC S/A deste mês.

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Nos EUA

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