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Bolsas de Nova York começam semana no azul

Novas altas dependem de sinais positivos da economia – só que eles são escassos. No Brasil, corrida eleitoral segue ditando os rumos da Faria Lima.

Por Tássia Kastner, Camila Barros
17 out 2022, 08h07

Bom dia! 

Finalmente alívio: a semana começa com altas nos mercados financeiros, por motivos quase misteriosos. Nos EUA, a semana será fraca de indicadores, com todas as atenções voltadas aos balanços.

Pela manhã, antes da abertura da bolsa, saem os números do Bank of America. Hoje também serão publicados os dados de BNY Mellon e da corretora Charles Schwab. Na sexta, os primeiros bancos divulgaram seus lucros com quedas de dois dígitos – o que já seria sinal suficiente de mau agouro para o dia. 

Os futuros americanos indicam o contrário e vão subindo mais de 1% neste começo de manhã. É como ignorar as notícias de desaceleração econômica em prol de algum no bolso. 

Do outro lado do oceano, o Reino Unido decidiu voltar atrás no pacote de corte de impostos que havia feito colapsar os mercados financeiros. A libra vai se recuperando e ajudando a desenhar uma segunda mais otimista entre os investidores. 

Já no Brasil, os ânimos seguem exaltados pela corrida eleitoral. Boa parte da “comemoração” de investidores com o resultado do primeiro turno se foi. Depois de o Ibovespa subir 9,2% – movimento atribuído ao Congresso mais conservador, capaz de supostamente deter planos de aumento de gastos em um eventual governo Lula.

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Agora, a alta acumulada desde o fim do primeiro turno é de 4%. O primeiro debate apenas com os dois candidatos não trouxe propostas novas para o campo econômico. Resta, enquanto isso, olhar o que está acontecendo no resto do mundo.

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humorômetro: o dia começou com tendência de alta
(VCSA/Você S/A)

Futuros S&P 500: 1,08%

Futuros Dow: 0,91%

Futuros Nasdaq: 1,24%

às 7h53

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Europa
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,61%

Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,57%

Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,71%

Bolsa de Paris (CAC): 0,65%

*às 7h53

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Fechamento na Ásia
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,10%

Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,98%

Hong Kong (Hang Seng): 0,15%

Commodities
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Brent*: 0,58%, a US$ 92,16

Minério de ferro:  -2,24%, US$ 91,80 por tonelada em Singapura

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*às 7h52

market facts
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Poupança deixa de perder para inflação

Graças ao arrefecimento dos preços nos últimos meses, a rentabilidade da poupança deixou de perder para a inflação pela primeira vez em dois anos. O IPCA de setembro ficou negativo em 0,29%. Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses ficou em 7,17%. Já a caderneta da poupança rendeu 7,27% no período. A última vez que isso aconteceu foi em agosto de 2020. Nesse meio tempo, o pior resultado foi em outubro de 2021, quando a caderneta rendeu 7,5% abaixo da inflação em um ano.

Vale e Petrobras estão movimentando 25% da B3

As ações VALE3 e PETR4, juntas, representam ¼  do volume de ações negociadas na B3 no mês de outubro, segundo levantamento do TradeMap para o Valor. É a primeira vez que as duas empresas mais influentes da bolsa somam 25% dos negócios desde 2014. Na quinta passada, as ações ordinárias da Vale compunham 15,448% da carteira teórica do Ibovespa; as ações preferenciais da Petrobras, 6,966%.

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Vale a pena ler:
(Laís Zanocco e Tiago Araujo/VOCÊ S/A)

Países emergentes deram aula de política fiscal

Historicamente, escalada de juros nos EUA significa crise econômica nos países pobres: com títulos públicos americanos mais rentáveis, investidores deixam ativos mais arriscados e correm pro abraço do FED. À medida que a demanda por dólar aumenta, a moeda encarece – e, por consequência, a dívida externa dos países emergentes também. Esse era o script esperado para 2022, mas não foi o que aconteceu. Já calejados pelas crises anteriores, os emergentes (entre eles, nós) se adiantaram na subida dos juros. Resultado: os fundamentos dessas economias melhoraram e estão mais preparados para absorver os choques externos. Mas não dá pra ficar tão otimista: a The Economist explica qual será o próximo (e maior) desafio pela frente.  

A realidade paralela do agro 

No Brasil, o agronegócio caminha a passos diferentes do resto da economia. É que, para o setor, o que dita mesmo o sucesso ou fracasso de um período são as variações internacionais dos preços das commodities. E como o Brasil é um forte exportador de produtos agrícolas, o poder do agro é grande: os estados do “cinturão agro” crescem a ritmo acelerado, bem mais do que a média brasileira. Uma estimativa da Vale diz que, entre 1986 a 2023, Mato Grosso deve acumular crescimento de 695% – enquanto o Brasil deve crescer 108,7%. Aqui, o Valor conta o que pensa e o que quer o agronegócio brasileiro.

Agenda

 

8h25 BC divulga Boletim Focus

9h BC divulga IBC-BR; expectativa é de queda de 0,30% na atividade econômica em agosto

Após o fechamento do mercado, Vale divulga relatório de produção e vendas do terceiro trimestre

23h China divulga PIB do terceiro trimestre

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