Após trégua, PEC e ministério da Fazenda voltam a assombrar Ibovespa
Lula se reúne com equipe de transição para bater o martelo sobre o projeto, enquanto Haddad, cotado para a pasta econômica, participa de almoço da Febraban.
Bom dia!
Ontem foi dia de comemoração, com direito a vitória do Brasil na estreia da Copa e um Ibovespa igualmente vitorioso – alta de 2,75%, com todas as 92 ações fechando no azul. Hoje, porém, a trégua volta a ser ameaçada pelos temas que vem assombrando a Faria Lima nos últimos dias.
É que nesta sexta Lula se reúne com importantes nomes da equipe de transição, incluindo Alckmin, Gleisi e Wellington Dias, para possivelmente bater o martelo sobre os detalhes da PEC que liberará o dinheiro para o governo eleito cumprir suas promessas de campanha. A ideia é que sejam debatidas as concessões que o PT está disposto a fazer – e que definirão se o texto será tolerado pela Faria Lima ou se cairá como uma bomba no mercado.
Um dos pontos possíveis é que o governo eleito adiante o nome de quem comandará a pasta da Fazenda, a fim de facilitar as negociações em Brasília. A indefinição do ministro é uma das dores de cabeça da Faria Lima.
Por um lado, o nome de Fernando Haddad continua ganhando forças, o que preocupa os investidores. Hoje, inclusive, o ex-ministro da Educação passará por um “teste”: representar o governo eleito no almoço de fim de ano da Febraban, que reúne grandes nomes do setor financeiro. O presidente do banco central, Roberto Campos Neto, estará presente e inclusive fará palestra.
Os rumores de que Pérsio Árida – mais ortodoxo e pró-mercado – pode fazer uma dobradinha com Haddad em pastas ligadas à economia trazem até um alívio, mas a Faria Lima ainda não parece convencida.
Enquanto isso, os EUA voltam do feriado preguiçosos, sem muito gás – os índices futuros mostram uma alta bem levinha pela manhã. Apesar de não ter emendado a folga com o fim de semana, os americanos vão #sextar mais cedo: o pregão fecha às 15h (de Brasília) por lá. Por isso, a liquidez por aqui deve ser novamente reduzida.
Bons negócios.
Futuros S&P 500: 0,19%
Futuros Nasdaq: 0,09%
Futuros Dow: 0,21%
*às 7h59
Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,22%
Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,31%
Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,12%
Bolsa de Paris (CAC): 0,23%
*às 8h00
Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): 0,50%
Bolsa de Tóquio (Nikkei): -0,35%
Hong Kong (Hang Seng): -0,49%
Brent: 1,41% , a US$ 86,54 o barril*
Minério de ferro: 3,27%, cotado a US$ 105,77 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
*às 7h58
Amazon enfrenta onda de protestos na Black Friday
Para esta Black Friday, justamente época em que as vendas online se intensificam, funcionários da Amazon de 40 países planejaram protestos e paralisações. Na campanha intitulada de #MakeAmazonPay, os trabalhadores reivindicam que a empresa reajuste os salários e melhore as condições de trabalho para os empregados. O movimento está sendo coordenado por uma colaboração internacional de sindicatos. Além das pautas trabalhistas, manifestantes também vão cobrar maior ação ambiental da empresa, citando o impacto da gigante do varejo na crise climática. São esperados protestos relativamente grandes nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia, Japão, Austrália e África do Sul,
Caroline Ellison, peça chave no colapso da FTX
Empresa de capital de risco focada em criptomoedas, a Alameda Research era a irmã siamesa da FTX. O negócio delas era tão entrelaçado que as duas entraram com o pedido de recuperação judicial ao mesmo tempo, no início de novembro. Na mesma época, o Wall Street Journal descobriu que a FTX emprestou, ilegalmente, mais da metade dos recursos de seus clientes para a Alameda (entenda todo o caso neste texto). No meio do escândalo, está Caroline Ellison, CEO da Alameda. Formada por Stanford e filha de dois professores do MIT, a executiva de 28 anos se mantinha longe dos holofotes – até agora. Nesta reportagem, o NYT explica quem é Caroline e como ela virou peça chave na falência da FTX.
Pausa no metaverso
O Horizon Worlds é o jogo de realidade virtual da Meta – o mais próximo de metaverso que eles conseguiram chegar até agora. Em setembro, o vice-presidente do braço de realidade virtual da companhia enviou um memorando dizendo que usuários e criadores estavam reclamando da baixa qualidade da plataforma. Por isso, ele pausou planos de expansão pelo resto do ano, argumentando que o Horizon deveria melhorar antes de crescer. Esse é mais um desafio para os planos futuristas de Zuckerberg, que aposta US$ 10 bilhões por ano na ideia de que o metaverso é a evolução natural das interações sociais na internet. Esta reportagem do Financial Times, traduzida pela Folha, conta os bastidores dessa história.
Lula se reúne com equipe de transição para debater PEC.
11h Fernando Haddad participa de almoço da Febraban representando governo eleito
12h30 Roberto Campos Neto faz palestra no mesmo almoço
15h Bolsas americanas fecham mais cedo na volta do feriado