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Coragem para mudar

Pascoal Iannoni, presidente da metalúrgica Flexform, rompeu com o antigo modelo de gestão para adotar uma gestão participativa

Por Da Redação
Atualizado em 17 dez 2019, 15h29 - Publicado em 8 dez 2014, 16h40

Questão do presidente

Em 2010, o engenheiro paulistano Pascoal Iannoni, de 52 anos, assumiu a presidência da Flexform, fabricante de cadeiras e assentos, de Guarulhos, em São Paulo. A empresa, fundada em 1965 por seu pai, Ernesto Iannoni, era bem-sucedida e financeiramente saudável. Porém, o estilo de gestão “manda quem pode e obedece quem tem juízo” fazia com que o ambiente de trabalho fosse avaliado como o “pior possível”, segundo pesquisa interna, o que desmotivava os empregados. “Como presidente, fiquei pensando qual seria minha contribuição e concluí que deveria mudar a gestão.”

O dilema

A Flexform tinha 45 anos e, apesar das queixas dos empregados sobre o clima, dava resultado. O faturamento em 2009 havia sido de cerca de 110 milhões de reais. O negócio, no entanto, passava por uma transformação. De fabricante de peças para poltronas de escritórios, a Flexform começou a vender o produto pronto. Essa mudança exigia um ambiente de trabalho de troca de ideias e de maior autonomia para criar. “Eu queria uma gestão colaborativa, que permitisse à empresa ter um maior desempenho”, diz Pascoal. Mas sair do modelo autocrático podia não funcionar. “Muitas empresas fracassam nessa transição.” 

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A Decisão

“Comecei dividindo as responsabilidades em todos os níveis. No início, havia uma grande inércia. Quem não se adaptou deixou a empresa. Não foi fácil. Mas, quando há transparência e uma intenção forte da direção, o pessoal responde bem. Nestes quatro anos, avançamos bastante. Quando as pessoas estão motivadas e com liberdade para trabalhar, você descobre coisas espetaculares sobre o potencial de cada uma.

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