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Conheça a Elo7, uma empresa que está lucrando – muito – com o plano B dos outros

Se na crise uns choram e outros vendem lenços, a Elo7 está vendendo muitos e muitos lenços - e contratando muita gente

Por Por Mariana Amaro
Atualizado em 17 dez 2019, 15h27 - Publicado em 23 set 2015, 07h14

SÃO PAULO – Na balança econômica, quando alguns setores vão muito mal, outros são favorecidos. Foi isso que aconteceu com o site Elo7, uma plataforma online para venda de produtos artesanatos e produtos personalizados. 

Com mais de 2, 5 milhões de produtos cadastrados, o site duplicou o número de vendedores do começo do ano para cá: tem 60 000 inscritos que, quando se cadastram no site, podem receber uma consultoria sobre como fotografar os produtos e anuncia-lo e passa a poder usar uma tarifa especial dos Correios. 

O faturamento também dobrou. Segundo o presidente da companhia, Carlos Curioni, uma série de fatores sociais e econômicos contribuiu para isso. “A alta do dólar fez os manufaturados brasileiros ficarem mais interessantes. Muita gente também perdeu o emprego com a crise e começou a trabalhar com um hobby, como bordar toalhas para complementar a renda”, diz.

No ano passado, 170 milhões de reais foram negociados, este ano, estima-se que 350 milhões sejam gastos em produtos. A demanda também fez Carlos precisar aumentar a equipe. Com 105 funcionários hoje (depois de contratar 40), a startup precisará contratar mais 30 pessoas até o final do ano – a maioria tecnologia e atendimento. 

Os contratados já podem saber que é permitido usar bermuda durante o verão, metade dos funcionários vai de bicicleta, as avaliações de desempenho são trimestrais (“porque temos um ritmo muito acelerado”) e, com a abertura do site na Argentina – e em outro país no segundo semestre – existe agora a possibilidade de expatriação.

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