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Como a Perestroika triplicou de tamanho em apenas um ano

Tiago Mattos, sócio da escola Perestroika, fala como a empresa abriu 12 frentes de negócio em um ano e foi ensinar inovação aos nerds do Vale do Silício

Por Murilo Ohl
Atualizado em 17 dez 2019, 15h28 - Publicado em 3 mar 2015, 17h09

Poucas empresas brasileiras vão olhar para 2014 e fazer um balanço tão positivo quanto a Perestroika, escola de atividades criativas fundada em 2007, em Porto Alegre, e que até 2013 tinha unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Nos últimos 12 meses, foram abertas filiais em Belo Horizonte, Curitiba e Brasília. A mensagem empreendedora e futurista dos sócios Tiago Mattos e Felipe Anghinoni também tocou o coração de empresas como Facebook, Globo e Coca-Cola, entre outras. Agora um braço corporativo — o Sputnik — leva seus cursos para funcionários.

Ao todo, nove projetos tiveram início em 2014, entre eles uma consultoria de tecnologia formada por engenheiros, hackers e interessados em programação e educação. Outra nova atividade é a Schloé, unidade voltada para a inovação em educação. “Foi um ano surreal, um pouco planejado e um pouco ao acaso”, diz Tiago. Nada supera a estreia internacional. Por três dias, Tiago e Felipe levaram a metodologia da Perestroika para um curso em São Francisco, nos Estados Unidos.

Batizado de Favela, o curso reuniu 15 pessoas de 11 países. “O Felipe falou que era melhor testar logo no lugar mais criativo do mundo, assim já saberíamos o resultado”, diz Tiago, de 35 anos, que no currículo traz um diploma da Singularity University obtido em 2012. Tiago conta como é a cultura da escola brasileira, que, como publicou a revista Fast Company, “vai ensinar você a ser mais criativo”.

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As grandes empresas são as que mais precisam de um pouco de subversão. A gente ficava em dúvida sobre o interesse corporativo. Não procurava. Mas aí vinha um funcionário que fazia o curso e o recomendava. Acabamos nos organizando para atender esse público. 

“Quando levamos o conhecimento para a direção das empresas, é legal. Falamos de tendências futuristas e mudamos as pessoas. Elas param para prestar atenção.

Para as empresas mais tradicionais, falamos da onda digital. Também falamos para quem surfa bem a onda digital. Aí falamos de genética, robótica e nanotecnologia, tendências que são apontadas como as próximas grandes revoluções da humanidade. Imagine três ondas digitais ocorrendo ao mesmo tempo. A gente fala na dose certa, para o remédio não virar veneno.

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Inventamos um plano de carreira 2.0. O funcionário vai crescendo, e a gente incentiva o cara a abrir um negócio. Queremos expulsar o funcionário. Todas as unidades que abrimos têm à frente um funcionário que virou sócio e vai começar do zero um novo projeto. 

A história de que em nossas aulas a cerveja é liberada sempre chama a atenção. Rendeu certa notoriedade. Então, em 2014, resolvemos lançar uma cerveja artesanal, que agora servimos durante os cursos.

Montamos um grupo de futuristas, de hackers. Senti que precisávamos incluir mais tecnologia no negócio. Queremos entrar numa empresa e em uma semana sair rodando uma plataforma digital”. 

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