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Brasil só deverá voltar a crescer em 2017, avalia FMI

Para o economista Marcello Estevão, chefe do grupo de análises regionais, o Brasil não tem chances de voltar a crescer no curto prazo

Por Agência Brasil
Atualizado em 17 dez 2019, 15h26 - Publicado em 25 out 2015, 20h27

RIO DE JANEIRO – O Brasil só deverá voltar a crescer em 2017, disse o economista Marcello Estevão, chefe do grupo de análises regionais do Fundo Monetário Internacional. Segundo ele, a previsão da entidade é que a economia do país encolha este ano em 3% e, em 2016, tenha retração de 1%.

A previsão de Marcello Estevão foi manifestada durante palestra em seminário de apresentação do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), na sexta-feira (23), na sede do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro.

Estevão disse que o relatório mostra que o Brasil está “no meio de uma recessão”. O economista do FMI sugeriu que o governo brasileiro dê prosseguimento ao ajuste fiscal e à politica monetária que reduza a inflação.

O economista, no entanto, não vê a possibilidade de recuperação econômica do país em curto prazo. “A preocupação agora é encontrar uma solução para melhorar a parte estrutural da economia e o melhor a fazer é focar nas condições que levem a isto”.

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O relatório divulgado na sede da FGV analisa a evolução do ritmo da atividade econômica mundial, destacando as perspectivas de crescimento, que ainda permanecem moderadas, tanto em curto quanto em médio prazo. O relatório vê, no entanto, que a recuperação das economias avançadas está se consolidando com maior rapidez, embora persistam níveis de atividades mais fracos do que o previsto.

“Houve queda nos preços internacionais da matéria prima, o que está prejudicando mais os países produtores que os consumidores. Como a América Latina é uma região exportadora de matérias primas líquidas, a economia do continente está tendo uma performance pior do que as outras regiões do mundo”, disse Estevão.

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