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Cris Kerr

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Cris Kerr é CEO da CKZ Diversidade, consultoria especializada em Inclusão & Diversidade, professora da Fundação Dom Cabral, Mestra em Sustentabilidade e idealizadora do Super Fórum Diversidade & Inclusão.

Como a diversidade cultural pode trazer vantagem competitiva para empresas

A riqueza nasce das diferenças. E quando entendemos isso, ampliamos nossa capacidade de evoluir.

Por Cris Kerr
23 nov 2025, 12h00
-
 (10'000 Hours/Getty Images)
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Durante uma reunião com uma empresa alemã, conversávamos sobre como as diferenças culturais impactam as práticas de liderança. Uma das pessoas contou que, na Alemanha, é inadequado fazer perguntas pessoais no ambiente de trabalho, e que nos Estados Unidos é tão invasivo que pode até render processo.

Já no Brasil, é comum “quebrar o gelo” perguntando sobre a família ou a vida pessoal de um colega. Na nossa cultura, esse tipo de conversa aproxima as pessoas e não é considerado uma indelicadeza.

O que parece trivial em um país pode ser motivo de desconforto em outro. E em um mundo em que empresas se tornam cada vez mais globais, não identificar essas diferenças abre espaço para mal-entendidos, perda de pessoas talentosas e até conflitos, dos silenciosos aos ruidosos.

Segundo uma pesquisa publicada na Harvard Business Review, apenas 45% das lideranças se sentem preparadas para lidar com times culturalmente diversos. Ou seja, mais da metade ainda não têm as ferramentas e habilidades necessárias para conduzir equipes formadas por pessoas de diferentes origens, crenças, idiomas e formas de trabalhar.

Um dos motivos para essa lacuna é o fato de muitas empresas ainda tratarem a diversidade cultural como um “apêndice” da agenda de Diversidade, Inclusão, Equidade e Pertencimento (DIEP). Avançamos muito – ainda bem – quando o assunto é gênero, raça, orientação sexual e pessoas com deficiência, mas a dimensão cultural ainda é um tanto negligenciada.

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Para compreender melhor esse desafio, recorro ao livro The Culture Map, da professora Erin Meyer. Ela mostra como as culturas se diferenciam em pontos como comunicação, feedback, tomada de decisão e construção de confiança. A autora sugere até um teste para que lideranças e profissionais entendam seu próprio “mapa cultural” e percebam como podem se adaptar ao interagir com culturas distintas.

É curioso perceber que podemos interpretar mal a atitude de uma pessoa no trabalho apenas porque partimos da nossa própria lente cultural. O “não” direto de uma pessoa europeia pode soar grosseiro para nós brasileiros, mas para ela é apenas uma resposta objetiva.

Outros contrastes como esse são frequentes:

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  • No Brasil, valorizamos a informalidade e o contato pessoal; já em outras culturas, como a alemã, isso pode ser visto como excessivo;
  • Nos EUA, pouco se fala sobre a vida íntima no ambiente de trabalho; no Brasil, as pessoas estendem as relações com colegas para o lado pessoal;
  • Em contextos religiosos, como no caso de pessoas muçulmanas, existem protocolos de convivência, como não cumprimentar mulheres com aperto de mão.

A união (de diferenças) faz a força

Mas como empresas e lideranças podem transformar a diversidade cultural em um ativo, e não em uma barreira? A primeira etapa é o conhecimento. Sem consciência sobre essas diferenças, qualquer tentativa de integração será superficial.

O conhecimento precisa ser acompanhado de uma série de práticas, como treinamentos sobre diferenças culturais, estruturas inclusivas e a criação de canais de feedback. A ideia é fomentar um ambiente que, em todos os níveis, valorize os diferentes repertórios em vez de apenas tolerá-los:

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  • Empresas que integram culturas diversas entendem melhor seus mercados, conquistam a confiança de consumidores globais e criam ambientes com a capacidade de atrair e reter pessoas talentosas de qualquer lugar, já que não é necessário abrir mão da própria identidade;
  • Times multiculturais, quando bem liderados, são mais inovadores, criativos e resilientes. Conseguem propor soluções que levam em conta diferentes pontos de vista e, por isso, respondem melhor a crises;
  • Lideranças inclusivas olham não apenas para o coletivo, elas enxergam a individualidade de cada pessoa. Sabem que ambientes homogêneos podem parecer mais confortáveis, mas não são os que produzem maior inovação. E entendem que, diante de qualquer sinal de exclusão ou preconceito, é sua responsabilidade agir.

    A riqueza nasce das diferenças. Quando entendemos isso, ampliamos nossa capacidade de incluir e evoluir. E em um mundo cada vez mais conectado, essa pode ser uma grande vantagem competitiva.

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