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O que é inteligência de gênero e como ela aumenta a produtividade

Compreender melhor as diferenças entre homens e mulheres é fundamental para as empresas avançarem nas ações de equidade de gênero

Por Cris Kerr, colunista de VOCÊ S/A
Atualizado em 12 jun 2020, 12h00 - Publicado em 12 jun 2020, 12h00

Matéria originalmente publicada na Revista VOCÊ S/A, edição 263, em 08 de abril de 2020. 

Quando tratamos de equidade de gênero na liderança é comum pensarmos que essa é uma causa apenas das mulheres. Mas os homens têm um papel fundamental nesse processo, atuando como agentes de transformação. Isso porque será a partir de mudanças fundamentais na alta gestão que conseguiremos transformar o cenário das corporações em ambientes mais diversos e inclusivos.

Um dos pontos críticos a ser trabalhados nessa mudança são as associações mentais referentes às características esperadas de uma pessoa em posição de liderança. Diversas pesquisas científicas apontam que, enquanto os homens são associados a características como competência, ambição, assertividade, autoconfiança e racionalidade.

As mulheres são consideradas atenciosas, amigáveis, colaborativas, intuitivas, compreensivas e emocionais. Todos esses traços femininos são importantes — ainda mais quando falamos de liderança inclusiva. O problema é que apenas as características masculinas têm sido pontuadas como positivas pelo mercado.

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Devemos considerar também que os padrões exigidos das mulheres no mercado de trabalho são mais altos do que os dos homens, o que faz com que elas tenham de se esforçar mais para provar sua competência. É comum que os homens sejam contratados com base em seu potencial futuro, pois já é assumido que eles possuem as características, competências e habilidades de líderes.

Para construir um novo panorama, é preciso criar um ambiente inclusivo nas empresas, com relações profissionais saudáveis e baseadas na confiança. Por isso, é importante saber que homens e mulheres pensam e agem de formas diferentes, se comunicam, resolvem conflitos e lidam com a emoção e com o estresse de maneiras diversas. Esse conhecimento se chama inteligência de gênero — e é fundamental para aumentar o senso de pertencimento, a harmonia, a produtividade e a rentabilidade das empresas.

Os questionamentos são um exemplo de como homens e mulheres agem de modos diferentes e de como pode haver interpretações equivocadas. No geral, as mulheres adoram fazer perguntas. Do ponto de vista delas, a pergunta é uma forma de gerar engajamento e colaboração, além de dar espaço para novas ideias. Já os homens têm tendência a considerar as perguntas sinais de dúvida e de falta de confiança das mulheres.

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Outra diferença de gênero importante está na solução de problemas. Uma das principais competências dos líderes é a capacidade de resolver um desafio de maneira rápida. Os homens têm a vantagem de focar os fatos e conseguir ser ágeis. Por outro lado, as mulheres têm tendência a ver os problemas em um contexto maior, com múltiplas soluções.

A inteligência de gênero está justamente em juntar o que cada um tem de melhor, entendendo e valorizando as distinções. É preciso um esforço de consciência e de empatia para que as diferenças e os pontos cegos entre homens e mulheres se tornem pontos fortes. Assim, o caminho para a equidade de gênero se tornará mais curto.


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