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Executive Director Talenses & Managing Partner Talenses Group
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Como pedir demissão em home office?

Embora a crise do coronavírus esteja fazendo com que muitos sejam demitidos, ainda há oportunidades. O que fazer se você tiver que se demitir à distância?

Por Isis Borge, colunista de VOCÊ S/A
10 abr 2020, 14h17

Em um levantamento realizado pela Talenses logo no início da quarentena, 92% de 50 empresas já estavam com seu quadro de colaboradores administrativos trabalhando no modelo home office. E apesar de terem mudado seu formato tradicional de trabalho, isso não significa que elas tenham parado ou diminuído seu ritmo de produção.

Evidentemente que na crise atual, alguns setores estão sendo mais impactados, mas há uma parcela de empresas que estão mantendo ou aumentando o número de contratação de novos profissionais. Neste cenário, pode acontecer de candidatos receberem uma carta oferta de um novo trabalho durante o período de quarentena, inclusive nos níveis de liderança.

Nas últimas semanas, passei parte do meu tempo aconselhando as pessoas em como proceder com o pedido de demissão mesmo estando em home office e pude perceber que há inúmeras dúvidas sobre como realizar este processo de forma remota. Vamos as dicas e sugestões.

Acredito ser positivo ressaltar que as empresas que estão contratando nesse período de fato precisam daquele colaborador. O que isso significa? Que muito provavelmente se a empresa realmente não precisasse deste profissional, ela não estaria com a vaga aberta durante a crise. Por isso, com certeza vale avaliar a oportunidade com bons olhos.

Como se estivesse no escritório

Agir com o mesmo profissionalismo que teríamos estando no escritório fisicamente é fundamental. Faça uma lista de todas as atividades que estão sob sua responsabilidade e organize as ações em uma planilha com todos os status, contatos de quem são os interlocutores e quais os próximos passos para cada atividade para que a organização consiga ter todas as informações após a sua saída. Isso será muito bem-visto pelo seu gestor e pelos seus pares. A atitude demonstra que, apesar de você ter tomado a decisão de fazer um movimento em sua carreira, está comprometido em ajudar a organização até mesmo após sua saída.

Agende um horário para conversar com o seu gestor e formalize o pedido de demissão. Não postergue a conversa por estar em home office. Quanto antes você comunicar, melhor para todos os lados. Após a comunicação com o gestor, agende uma conversa transparente também com o seu time (se você for um gestor de pessoas).

O prazo usual para a saída na maior parte dos casos tem sido de, no máximo, duas semanas após a formalização do pedido de demissão. Poucas empresas exigem o cumprimento de aviso prévio. Mas se for o seu caso, converse com o seu novo empregador e negocie a data de início.

Na data do desligamento deixe todos os pertences da empresa separados e organizados (computador, celular, carro com documento e chaves incluindo a reserva, crachás etc). Coloque os pertences em uma sacola (com exceção do carro obviamente) e lacre o pacote. As empresas estão lidando bem com as saídas na quarentena e existe na maior parte delas alguém responsável para buscar os pertences da empresa e o carro. Nos casos que o profissional não tem o carro da empresa, têm sido usual o envio de um motoboy para retirar os pertences e entregar para alguém responsável da empresa.

Os processos de desligamento nesses períodos têm ocorrido de forma remota, inclusive a entrevista de desligamento. A única coisa que até o momento não tem sido remoto é o exame demissional, mas em alguns casos se o funcionário tiver realizado algum exame periódico em até 180 dias, ele está dispensado de fazer o demissional.

O feedback que tenho recebido dos colaboradores que estão pedindo demissão nesse período tem sido positivo. O ponto positivo de realizar a conversa de demissão de forma remota é que o “drama” que usualmente acontece ao redor deste tema é minimizado pelo fato de não acontecer fisicamente. A saída tem sido mais tranquila de forma geral. Mas apesar de termos uma tela nos separando durante a conversa, faça um esforço para manter o contato visual, preste atenção ao tom de voz e seja verdadeiro durante o bate-papo.

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E se tiver contraproposta?

Um ponto interessante que eu pude observar durante os processos seletivos que acompanho é que em quase 100% dos casos houve uma contraproposta por parte da empresa que está perdendo o funcionário. Os gestores sabem que não será assim tão fácil a reposição da posição em meio a pandemia. Com alguns setores congelando as vagas abertas, as empresas passam a fazer um esforço maior de retenção daqueles colaboradores que fazem parte do quadro e muitas vezes acabam fazendo promessas de diversos tipos. Desde aumento salarial, promoção, pagamento de cursos de extensão/especialização até casos de promessa de expatriação. De verdade, não recomendo nunca que alguém fique na contraproposta.

Sabemos que o motivo que fez o colaborador estar aberto a uma nova oportunidade não desaparece simplesmente por uma promessa da empresa atual. E pior, temos diversos estudos e sabemos que a grande maioria das pessoas que aceitam uma contraproposta, sai da empresa nos seis meses seguintes, seja por decisão própria ou porque a empresa demite esse profissional. A relação de confiança que existia entre gestor e funcionário, de certa forma, fica abalada no momento que um colaborador abre que participou de um processo seletivo e tem uma outra proposta em mãos. Se decidir pedir demissão, o melhor é sair deixando a empresa de portas abertas para um eventual retorno.

Um ponto que sempre ressalto também é de não abrir para onde você está indo e nem por qual pacote. Você tem todo o direito de manter essa informação de forma confidencial. O melhor é esperar e aguardar para avisar as pessoas após o seu início na nova empresa.

Em momentos de crise sempre há oportunidade. Fique de olho.

(Divulgação/VOCÊ S/A)
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