Qual foi a maior deflação da história? 

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Um mundo onde os preços baixam o tempo todo parece o paraíso. Mas é o inferno. Se você tem uma loja de roupas, mais hora menos hora se vê obrigado a vender por menos do que pagou pelas peças.

Você precisa reduzir os preços cada vez mais para conseguir clientes,  já que a concorrência toda está baixando.

Parece uma fábula, mas foi basicamente o que aconteceu nos EUA da Grande Depressão. Entre 1930 e 1933, o país passou por uma deflação acumulada de 24%. Isso na média.

Certos itens desabaram bem mais – destruindo alguns setores da economia. O quilo do algodão, por exemplo, caiu 60%. O da borracha, 90%. 

Quando a queda nos preços se torna crônica, danou-se. A moeda valoriza, já que o poder de compra dela sobe ano após ano. Mas cada vez menos gente tem acesso ao dinheiro.

O mercado consumidor definha. Sem ter para quem vender, as empresas vão quebrando em cascata.

Deflações crônicas são raras porque precisam de um fenômeno pouco usual por trás. Nos EUA, o público tinha perdido a confiança nos bancos (após a crise de 1929). 

Então boa parte dos americanos trocou seus dólares por ouro e entesourou em casa. Com menos moeda circulando, a economia definhou – em meio a uma deflação constante.

O último surto deflacionário aconteceu no Japão. Entre 1999 e 2013, os preços por lá caíram em média 0,25% ao ano.

Nesse meio tempo, a economia ficou estagnada, com o PIB crescendo a pífios 0,70% na média anual.

Motivo: uma bolha especulativa estourou nos anos 1990, e a população tornou-se maníaca por poupar. Algo parecido com o que tinha rolado nos EUA lá atrás, mas numa proporção mais suave. 

vocesa.com.br

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