Sabe a máxima “saco vazio não para em pé”? A história do VR vem daí.
Em 1976, o governo federal decidiu dar um boost na produtividade dos brasileiros tentando garantir que eles comessem direito.
Surgiu assim o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Ele dá um desconto de até 4% na base de cálculo do Imposto de Renda das empresas que entram no esquema.
Para aderir, elas precisam oferecer algum tipo de incentivo à alimentação adequada. A ideia era estimular mais empresas a criar refeitórios.
Para as que não tinham essa estrutura, valia a distribuição de cestas básicas como benefício mensal.
E também os tickets alimentação e refeição – que começaram na forma de talões destacáveis para cada dia do mês, e hoje são cartões com chip, como os da Sodexo e da Alelo.
O foco lá atrás era o pessoal que ganhava até cinco salários mínimos. Corrigido pela inflação, o salário-mínimo na época era de uns R$ 800 – nem tão distante dos R$ 1.100 hoje.
Mas o costume de oferecer vale-refeição como benefício espalhou-se para todas as faixas salariais.
Existe uma segunda vantagem para empresa que paga vale-refeição: esse dinheiro não conta como salário. Significa que não precisa pagar INSS, férias, 13º salário e FGTS sobre essa quantia.