investimentos
O nome completo é Certificado de Operações Estruturadas.
É um investimento vendido como uma forma segura de aplicar em renda variável, geralmente no exterior, sem precisar passar nervoso com o sobe e desce do mercado.
A descrição de um COE no site da corretora pode dizer algo assim:
“Aplique R$ 5.000. Se as ações da Amazon, da Apple e do Facebook tiverem uma alta de mais de 20%, você ganha 75%. Se elas caírem mais de 10%, você ganha 50%”.
Isso tem prazo definido. Normalmente, cinco anos. Você coloca o dinheiro lá e esquece.
Pois bem. Se ao fim dos cinco anos as ações da Apple, do Google e do Facebook aqui do nosso exemplo não tiverem nem subido mais de 20% nem caído mais de 10%, você recebe o seu dinheiro de volta.
Isso passa a ilusão de que se trata de um investimento seguro.
Não é, porque R$ 5 mil de hoje valem bem mais do que R$ 5 mil vão valer em 2025.
Se a inflação nos próximos cinco anos ficar na faixa de 3,5% anuais, sua perda será equivalente a R$ 800, porque R$ 5.000 de 2025 só vão conseguir comprar o que R$ 4.200 compram hoje.
Se a inflação degringolar, a perda será ainda maior.
Não é só isso.
Quando você compra um COE, não sabe exatamente o que tem lá dentro. Pode conter títulos públicos, opções de compra e opções de venda.
São instrumentos que permitem ganhos exponenciais com a alta ou com a baixa de uma ação.
Dá para combiná-los num pacote só de modo que se ganhe muito nos dois cenários. É daí que vêm as “operações estruturadas”.
Se a previsão de subida ou de queda vira realidade, você consegue um rendimento maior do que teria na renda fixa.
Senão, seu dinheiro fica corroído pela inflação, e o COE terá sido um Cavalo de Troia financeiro.
A parte investida em títulos públicos serve para devolver o valor aplicado.
Mas, caso a aposta com a parte das opções não se pague, o lucro do título fica com o agente que te vendeu o COE. É uma operação segura para ele, não para você.
vocesa.com.br
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