CRA significa “Certificado de Recebíveis do Agronegócio”. CRI, a mesma coisa, só que para recebíveis “Imobiliários”.
“Certificado de recebíveis” é o nome técnico para algo como “papelzinho que te dá o direito de receber uma grana acrescida de juros".
Compre um CRI ou um CRA e você vira credor de algum tubarão – uma construtora, um frigorífico, uma fabricante de insumos agrícolas.
Em troca do seu dinheiro, a empresa paga juros, que costumam ser mais altos que os dos títulos públicos.
Outra vantagem aparente é a ausência de IR. É uma medida governamental para estimular a economia, já que facilita a obtenção de crédito por parte de empresas que investem em setores produtivos.
No caso, dois setores estratégicos: agronegócio e construção civil, como veremos adiante.
Mas não existe almoço grátis. Os juros dos CRIs e dos CRAs tendem a ser mais altos que os dos títulos públicos porque existe o risco de o devedor dar calote.
E não há cobertura do FGC, como acontece com os CDBs e outros investimentos.
Mais: no mundo dos CRIs e CRAs a “liquidez” é baixa. Ou seja: se você tiver que vender antes do vencimento terá de vender barato. E provavelmente vai ficar no prejuízo.