O dólar sobe quando há muita gente a fim de comprar moeda americana (por medo da inflação ou para investir no exterior). É uma questão de oferta e demanda.
O Banco Central tem mais de US$ 350 bilhões na forma de “reservas internacionais”. Quando o dólar sobe demais, ele pega um pouco e vende no mercado financeiro.
Isso amplia a oferta e faz a cotação cair (ou reduz o ritmo da alta). É função do BC manter o câmbio sob controle, evitando que momentos de pânico no mercado destruam o valor da nossa moeda.
Entre setembro e meados de outubro, o dólar subiu 6%. O BC pegou US$ 500 milhões e vendeu no mercado para segurar a cotação. O nome desse tipo de operação é “venda de dólar à vista”.
Mas o BC evita sair vendendo dólares assim o tempo todo para não dilapidar as reservas.
O método mais comum de intervir no câmbio é outro: via contratos de “swap cambial”. Swap quer dizer “troca”.
Em vez de vender dólar para você, o BC te dá um contrato prometendo te dar R$ 1 milhão corrigidos pela variação do dólar, daqui a um mês.
Em troca, você paga R$ 1 milhão lá na frente mais a variação da Selic no período.
A vantagem é que, se você comprar dólar no mercado, também vai perder a taxa Selic do período. Com o swap cambial, você deixa seu milhão investido, rendendo a Selic.
Se o dólar subir mais do que a Selic, tranquilo, o BC banca a diferença. Já se o dólar cair, você perde de todo jeito.
E tem algum risco de o BC não pagar a diferença, em caso de alta do dólar? Não. Porque o Banco Central tem o poder de emitir moeda.