O que é quiet quitting?

CARREIRA

O termo “Quiet quitting” – que significa “demissão silenciosa” – começou a gerar burburinho entre os usuários do TikTok em meados de julho, inicialmente entre americanos e depois no resto do mundo.

A real é que nem existe uma definição única, precisa, do que de fato é quiet quitting. Uma coisa é certa, de qualquer forma: não tem nada a ver com demissão de fato.

Em geral, a expressão é usada para descrever os profissionais que continuam trabalhando e cumprindo as tarefas de seu cargo, mas que não estão dispostos a ir além disso.

Ou seja: não trabalham mais horas do que o previsto, não se voluntariam para outras funções, não são proativos em sugerir mudanças e melhorias nem buscam evoluir na carreira.

Também tem uma outra faceta comumente enquadrada dentro do fenômeno: a de enxergar o trabalho sob uma nova perspectiva, menos desgastante.

Os primeiros vídeos a propagar o quiet quitting citam a importância de cumprir com as obrigações, mas ressaltam que o trabalho não deve se sobrepor ao lazer, saúde mental e bem-estar.

O fenômeno é visto como uma resposta da geração Z ao burnout, o estresse crônico do trabalho, que é maior entre os mais jovens.

O conceito, porém, não é um consenso. Fazer apenas o necessário e não ir além do esperado sem que haja algum tipo de recompensa não é uma ideia absurda, muito menos revolucionária, dizem os críticos.

Mas o quiet quitting vem em meio de outros fenômenos que estão transformando o mercado de trabalho: regime flexível, valorização da saúde mental, o aumento do número de demissões voluntárias…

Ou seja: é muito mais que uma moda do TikTok.

vocesa.com.br

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