(ou por que Michael Scott se tornou chefe na Dunder Mifflin) 

O Princípio de Peter

economia

Michael Scott – o chefe sem noção interpretado por Steve Carell na série The Office – começou a carreira como um vendedor de papel. 

Ele entende tudo sobre o assunto: tamanho das folhas, gramatura, opacidade etc. Tem lábia com os clientes e foi funcionário do ano em 1996. 

Seu desempenho era tão bom que ele acabou sendo promovido. Virou gerente regional da Dunder Mifflin (o nome da empresa fictícia da sitcom).

Foi aí que azedou: acontece que Michael é um bom vendedor, não um bom gestor. Ele quer ser amigo de seus subordinados, procrastina a maior parte do tempo e odeia tarefas básicas de gestão.

Michael é um exemplo perfeito do princípio de Peter, que reza o seguinte: “Num sistema hierárquico, todo funcionário tende a ser promovido até ao seu nível de incompetência”. 

Ou seja, enquanto você for bom nas funções que exerce, tenderá a ganhar cargos mais altos – de modo que, eventualmente, você vai acabar empacando em uma função na qual não é tão bom assim.

O tal “Peter” é Laurence J. Peter, o professor de administração canadense que pôs essa ideia no papel em 1968. 

Os RHs podem evitar esse problema entendendo que cargos de gestão exigem habilidades diferentes – e não só um uso redobrado das mesmas habilidades que fazem o funcionário se destacar.

Às vezes, a melhor maneira de recompensar uma pessoa talentosa é aumentar seu salário e mantê-la na tarefa que sabe realizar, e não desafiá-la com um cargo de atribuições diferentes. 

vocesa.com.br

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