É o jeito de saber o preço real de uma ação. Balizando pelo P/L, dá para ver que um papel cotado a R$ 15 pode estar mais barato que um negociado a R$ 30.
Para saber qual é o P/L, o pessoal pega o preço (P) somado de todas as ações (ou seja, o valor de mercado), e divide pelo lucro (L) que a empresa deu nos 12 meses anteriores.
Quanto menor o número resultante, mais barata está a ação. Você não precisa fazer as contas, claro: basta digitar o ticker do papel no Google e buscar pela razão P/L (ou P/E ratio em inglês).
Bom, em novembro, Santander (SANB11) custava R$ 28. Bradesco (BBDC4), R$ 15. Qual era a ação mais barata? A do Santander, com P/L de 6,88, ante 7,28 do Bradesco.
Claro que o P/L não diz tudo sobre uma empresa. Quem acha que o Bradesco tem o potencial de gerar muito mais lucro que o Santander no futuro vai apostar na ação mais cara. Normal.
No final de 2020, o P/L da Tesla era de absurdos 1.328. Era muito valor de mercado para pouco lucro.
Dois anos depois, com ganhos mais robustos (e uma boa baixada no preço da ação) o P/E ratio da montadora tinha caído para racionais 53.
Note que, quanto maior a expectativa de lucros para o futuro, maior o P/L. A Apple, uma empresa que, pela visão do mercado, não tem mais tanto para onde crescer, vive sob um P/L mais modesto, de 24.
É o caso da Petrobras (PETR4), com seu magérrimo P/L de 2 – o que a torna uma das ações mais baratas do mundo.