São duas escolas de pensamento da economia contemporânea. O monetarismo prevê que a saúde econômica de um país depende do tanto de moeda que há em circulação.
Se a quantidade de dinheiro disponível aumentar porque o Banco Central emitiu muitos reais, há duas consequências possíveis:
Ou a quantidade de produtos disponíveis para comprar com esse dinheiro aumenta junto (e o PIB cresce)...
…ou a produção permanece estagnada e o preço dos produtos aumenta porque há mais dinheiro para a mesma quantidade de coisas à venda (assim temos inflação).
O maior expoente dessa ideia foi o prêmio Nobel Milton Friedman. Ele defendia que a função dos bancos centrais é controlar o suprimento de moeda (subindo os juros para conter a inflação).
Os desenvolvimentistas partem das ideias de outro economista lendário, John Maynard Keynes (1883-1946). Eles estão mais à esquerda no espectro político.
Eles acreditam que o livre-mercado não consegue fazer a economia rodar da maneira mais eficaz possível, e que a interferência do Estado é bem-vinda em algumas situações.
Por exemplo: em uma situação de recessão, o Banco Central pode e deve criar moeda a rodo, mesmo que as contas públicas estejam no vermelho.
Essa ideia foi posta à prova – e deu certo – como remédio contra a Grande Depressão, nos anos 1930.
Note que as duas ideias fazem sentido e podem ser aplicadas com sucesso conforme o contexto. A vida real é mais complexa que a teoria econômica.