A palavra fobia vem do grego phobos, que significa “medo” ou “terror”.
Na psicologia, quando uma pessoa é diagnosticada com uma fobia, significa que a ansiedade que sente em relação à circunstância é desproporcional ao perigo que ela representa.
Fobia financeira, portanto, seria o medo irracional daquilo que deriva do financeiro: pagar contas, abrir extratos, lidar com gastos.
O termo foi criado por Brendan Burchell, professor do departamento de sociologia de Cambridge, em 2003. Ele conduziu entrevistas com cerca de mil adultos no Reino Unido.
Um quinto dos entrevistados apresentou sintomas negativos (psicológicos e físicos) quando tinham de gerenciar suas finanças. Metade deles tinha taquicardia nessas horas.
Tomadas por ansiedade, essas pessoas recorriam a táticas de evasão: não verificavam saldos bancários e, em casos extremos, jogavam boletos e extratos fora.
Uma pesquisa encomendada pela XP em 2020 entrevistou 1.501 brasileiros com mais de 18 anos, e concluiu que quase metade deles se sentiam inseguros ao lidar com questões financeiras.
De acordo com o resultado, 40% sentem culpa e ansiedade com questões financeiras, e 21% evitam abrir boletos.
Um levantamento global do Serasa Experian de 2021, feito com 3 mil indivíduos de 10 países, constatou que os índices de estresse financeiro do Brasil são maiores do que a média global.
Vale ressaltar, porém, que a fobia financeira não está listada na Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS nem no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM).