O Fundo Garantidor de Créditos é um seguro. Está lá, mas você espera nunca utilizá-lo.
Esse fundo é alimentado com recursos de bancos e financeiras, e existe para dar estabilidade ao sistema como um todo.
Se o banco A está em crise e não há um sistema de garantias, a tendência é que investidores também saquem o dinheiro dos bancos B, C, D e E por medo de que a crise do A não seja um fato isolado.
A cobertura do FGC dá a segurança de que a grana está preservada, e previne uma corrida bancária.
O FGC tem uma segunda função: ajudar instituições financeiras menores a atrair depósitos.
Você não compra um CDB de um banco do qual nunca ouviu falar – a não ser que tenha certeza de não tomar um calote. É essa garantia que o FGC proporciona.
O limite de cobertura do FGC é de R$ 250 mil (contando com o rendimento esperado) em cada banco. Além disso, ele paga a rentabilidade do título até o dia em que o BC decreta a falência da instituição.
Em 2017, o FGC criou um limite adicional: o teto de R$ 1 milhão por investidor. Se você tiver R$ 250 mil em quatro instituições diferentes, atingiu o limite máximo de indenização.
O objetivo foi desincentivar o comportamento inconsequente dos investidores, já que a cobertura do FGC faz com que eles topem emprestar dinheiro a instituições financeiras extremamente arriscadas.
Em fevereiro, o BC decretou a liquidação de duas financeiras, a BRK e a Portocred, e jogou 54 mil investidores na fila do FGC.
Mas o acionamento do Fundo é raro. A última liquidação financeira tinha acontecido em 2021. E o caso mais recente de duas falências em um mesmo ano foi em 2018.