Bernie Madoff foi presidente da Nasdaq e fundador de uma firma de investimentos que, até 2008, era a sexta maior negociadora de ações que integram o S&P 500.
Ele chegou a ser responsável por 5% de tudo que era comprado e vendido na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) diariamente.
Desde 1987, ele tocava um fundo de cobertura (hedge fund) que tinha uma proposta simples.
Você dava uma grana para Madoff, ele empregava uma estratégia de investimento chamada “conversão split-strike“, que minimiza riscos, e então entregava algo entre 10% e 20% ao ano.
Madoff era tão famoso e benquisto no meio financeiro que não ocorreu a ninguém duvidar. Até porque, a ideia de um hedge fund é justamente deixar sua grana na mão de um trader experiente.
Mas, na prática, a tal conversão split-strike era fictícia: Madoff só estava pagando os retornos dos investidores antigos usando a grana que os novos depositavam.
Era um esquema de pirâmide financeira; o maior da história da civilização.
A brincadeira continuou até 2008. E aí ruiu. A crise do subprime fez clientes demais sacarem a grana, o que deixou Madoff sem fundos para seguir em sua pilantragem.
Na data da revelação, as 4.800 vítimas do sujeito tinham, ao todo, US$ 64,8 bilhões depositados.
Madoff morreu na cadeia aos 82 anos, cumprindo o 12º dos 150 anos de pena. Foi condenado a pagar US$ 170 bilhões em indenizações, mas só pôde arcar com uma pequena parcela, vendendo seus bens.