APÓS PROTESTOS, DIVERSIDADE NO MERCADO DE TRABALHO DOS EUA DISPAROU

SOCIEDADE

Em maio de 2020, o americano George Floyd, um homem negro, foi brutalmente assassinado pela polícia. A revolta social que se seguiu você deve lembrar.

O país (e parte do mundo) foi tomado por protestos em massa por pautas raciais – não só contra a violência policial, mas por inclusão em todas as frentes.

A pressão chegou às grandes companhias americanas, e muitas assumiram compromissos de aumentar as contratações de minorias. Foi da boca para fora?

O governo federal obriga toda empresa com mais de cem funcionários a divulgar a composição racial dos seus trabalhadores. Os dados de 2021 são os mais recentes.

Uma equipe da Bloomberg mergulhou neles para ver se as promessas foram cumpridas.

E encontraram o seguinte: naquele ano, as grandes empresas americanas contrataram 323 mil pessoas. Dessas, só 20 mil eram brancas – 6%. 

O levantamento da Bloomberg foi feito com base em 88 empresas americanas que compõem o S&P 100, incluindo gigantes como Apple, Walmart, Amazon e Nike.

Um adendo: a classificação “não-branco” é essencial aqui, porque é a visão americana da coisa. A categoria inclui “hispânicos” – a população latino-americana que vive nos EUA.

Apesar do crescimento expressivo, ainda assim essas minorias seguem sub-representadas nas grandes empresas. Principalmente nos quadros de liderança e maiores salários. 

As contratações se concentraram em posições de menor remuneração e senioridade – 106 mil hispânicos e 50 mil negros entraram aqui. 

Mas a diversidade também aumentou nos postos mais acima da pirâmide, ainda que em menor intensidade. As empresas já estavam ficando mais diversas antes – mas nunca na velocidade vista em 2021. 

Naquele ano a proporção de não-brancos entre executivos, gerentes e profissionais qualificados aumentou em dois pontos percentuais, o dobro da média vista nos últimos anos.

Ainda não há dados mais recentes para saber se a tendência continuou.

vocesa.com.br

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