ETF que paga dividendos chega
 à bolsa

MERCADO FINANCEIRO

O universo brasileiro dos ETFs, os fundos negociados em bolsa, ainda engatinha perto do mar de opções que existe nos EUA, mas o cardápio tem ficado mais extenso.

A novidade é o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NVID11), lançado em setembro. Entre os 83 ETFs da bolsa, este é o primeiro que paga proventos, todo mês. Ou seja: é voltado para quem quer renda passiva.

ETFs replicam índices. E aquele que o NVID11 segue é o novo Ibovespa Smart Dividendos B3 – criado numa parceria entre a administradora da bolsa e o banco roxo.

Há 21 empresas ali. A lista traz vacas leiteiras tradicionais: várias elétricas e bancos. Mas também há escolhas, digamos, “arrojadas”.

Uma dessas 21 é a Marfrig, que não pagou dividendos entre 2011 e 2019. De 2020 a 2022, rolaram ótimos proventos, na esteira de lucros fora da curva. 

Só que dali em diante as margens minguaram, e o mercado não acredita que MRFG3 volte a pagar bem tão cedo. Enfim.

Outro ponto de atenção: os impostos. Todos os pagamentos são tributados em 15% na fonte, por serem considerados como um ganho advindo do ETF. 

Já quem compra papéis por conta própria usufrui da isenção de imposto sobre dividendos e, em caso de JCP, tem 15% de IR descontados na fonte uma vez só, não duas.

O NVID11 não é o único ETF com base no novo índice. O Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11) segue a mesma carteira, mas ao invés de distribuir os proventos, reinveste no próprio fundo.

É o que qualquer ETF faz, incluindo o DIVO11, do Itaú, também focado em boas pagadoras de proventos.

A taxa de administração do NVID11 e do NSDV11 é de 0,5%, igual à do DIVO11.

vocesa.com.br

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